terça-feira, 6 de dezembro de 2011
O novo Comer em Floripa
Meus queridos,
Finalmente o novo blog ficou pronto. Pra continuar por dentro de lugares bacaninhas(e outros nem tanto) desse pedacinho de terra perdido no mar (óin!), é só acessar www.comeremfloripa.com.br
O conteúdo continua o mesmo, mas o visú...
terça-feira, 3 de maio de 2011
Volto já!
Oi povo,
Fiquei devendo uma explicação pra vcs pelo meu sumiço! Assim como o Belchior, o Comer em Floripa deu uma sumida do mapa, mas não morreu. Estamos aqui trabalhando pra trazer um blog com novidades e facilidades supimpas. Agora falta pouco: o puxadinho já foi construído, a laje já tá pronta, só falta dar a última demão! Logo, logo voltaremos pra compartilhar as (boas e más) experiências vividas pelos restaurantes e bares da terrinha.
Beijos!
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Os prós e os contras das compras coletivas
Nunca me senti tão público-alvo quanto no momento em que abri os primeiros e-mails de sites de compras coletivas. As chamadas eram irresistíveis: pizzas, doces, temakis, feijoadas, risotos a preços escandalosamente tentadores. Isso sem falar nas depilações a laser, aulas de ioga, rafting ou até mesmo cruzeiros. Como me sinto mais à vontade pra falar sobre comida a escrever sobre o “adeus aos pelos das axilas”, prefiro ficar nas ofertas gastronômicas.
As primeiras semanas foram de euforia – e um mês depois, de desespero, com a fatura do cartão de crédito. Não vou explicar aqui como funciona todo o processo, pois acredito que vocês vivem neste mundo e já, ao menos, ouviram falar sobre o sistema de compras (passou até no Estúdio Santa Catarina e no Fantástico, gente!). A proposta é eficiente, baseada no consumo por impulso, com o cronômetro regressivo assombrando na tela do computador – o que eu acho uma ótima estratégia, assim como quase toda a lógica do serviço.
A Dita Pizza é uma pizzaria muito simpática e bem recomendada, construída em pedra e com decoração elegante e rústica. A Dita lançou a oferta de uma pizza grande, mais um Salton Volpi Cabernet Sauvignon, por R$ 29,40. O preço original, sem a oferta, segundo o Compra Catarina, era de R$ 98,00.
Fachada da Dita Pizza (Divulgação)
Como a pizzaria fecha na terça-feira e o voucher não valia para finais de semana, resolvemos ir em uma quarta-feira, por volta das 22h. Confesso que a hora já era um pouco adiantada, mas decidimos arriscar mesmo assim. Mesmo com a noite chuvosa, a pizzaria, que comporta 70 pessoas, segundo o seu site, registrava uma lista de espera de quatro casais, amontoados no pequeno hall. Como moramos perto, eu e o Geison resolvemos desistir e voltar outro dia, mais cedo.
A segunda tentativa, com chegada às 20h, e duas semanas depois da compra, foi mais bem-sucedida. Nos acomodamos em uma das pouquíssimas mesas restantes, no centro do segundo salão, próximos à lareira. Era minha primeira vez na Dita Pizza e eu não sei se eles costumam dispor as mesas tão coladas umas nas outras ou aquele era o efeito-compra-coletiva. A garçonete, atenciosa, nos trouxe o vinho (o mesmo Salton Volpi de quase todas as mesas de casais, com suas devidas pizzas grandes) e a água mineral – essa por nossa conta. Tínhamos direito a três sabores e escolhemos Hirataki ao molho de ostras (molho de tomate, mussarela, cogumelo hirataki e molho de ostras), Queijo brie com damasco (molho de tomate, queijo brie e damasco flambado com alho poró) e San Parma (molho de tomate, mussarela, presunto Parma e orégano).
Depois de uma espera breve, a pizza chegou e comecei pela de hirataki. A massa estava fina, os cogumelos deliciosos, mas não senti qualquer vestígio do tal molho de ostras. O hirataki tem um sabor bastante pronunciado, talvez por isso não tenha sido uma boa combinação. Parti então para o próximo sabor, de presunto parma, que eu adoro. O pecado da vez foi deixar a pizza assar de forma irregular. O resultado foi um parma tostado além da conta, com gosto mais pra queimado que pra defumado. A melhor da noite foi a última a ser provada, com um equilíbrio bom entre os sabores delicados do brie, do damasco e do amado alho poró. Mas confesso que esperava mais, depois de tantas recomendações.
A pizza de damasco, brie e alho poró (Divulgação)
Pedimos para levar o restante do vinho, encerramos a conta no valor de uma água mineral e saímos com vontade de voltar em tempos sem efeito-compra-coletiva. Acredito que, por ser pequena, e não ter comportado o número de clientes que aderiram à promoção, a qualidade tenha caído. Para estes casos, acho que a limitação no número de cupons vendidos ajudaria bastante. Talvez tenha sido apenas um dia meia boca. Mas, como sabemos, constância é um valor que os restaurantes não podem se dar ao luxo de esquecer, mesmo em tempos de compra coletiva.
Atendimento: ☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
Endereço: Rodovia Admar Gonzaga, 3595 / Subida do Morro da Lagoa
Telefone: 3334-0945
Abre de quarta a segunda, das 19h à meia-noite.
Exibir mapa ampliado
Alguns sites que lançam ofertas aqui de Floripa:
Click On
Compra Catarina
Imperdível
Peixe Urbano
Conhecem mais algum? Me falem nos comentários que eu complemento aqui!
As primeiras semanas foram de euforia – e um mês depois, de desespero, com a fatura do cartão de crédito. Não vou explicar aqui como funciona todo o processo, pois acredito que vocês vivem neste mundo e já, ao menos, ouviram falar sobre o sistema de compras (passou até no Estúdio Santa Catarina e no Fantástico, gente!). A proposta é eficiente, baseada no consumo por impulso, com o cronômetro regressivo assombrando na tela do computador – o que eu acho uma ótima estratégia, assim como quase toda a lógica do serviço.
A Dita Pizza é uma pizzaria muito simpática e bem recomendada, construída em pedra e com decoração elegante e rústica. A Dita lançou a oferta de uma pizza grande, mais um Salton Volpi Cabernet Sauvignon, por R$ 29,40. O preço original, sem a oferta, segundo o Compra Catarina, era de R$ 98,00.
Fachada da Dita Pizza (Divulgação)
Como a pizzaria fecha na terça-feira e o voucher não valia para finais de semana, resolvemos ir em uma quarta-feira, por volta das 22h. Confesso que a hora já era um pouco adiantada, mas decidimos arriscar mesmo assim. Mesmo com a noite chuvosa, a pizzaria, que comporta 70 pessoas, segundo o seu site, registrava uma lista de espera de quatro casais, amontoados no pequeno hall. Como moramos perto, eu e o Geison resolvemos desistir e voltar outro dia, mais cedo.
A segunda tentativa, com chegada às 20h, e duas semanas depois da compra, foi mais bem-sucedida. Nos acomodamos em uma das pouquíssimas mesas restantes, no centro do segundo salão, próximos à lareira. Era minha primeira vez na Dita Pizza e eu não sei se eles costumam dispor as mesas tão coladas umas nas outras ou aquele era o efeito-compra-coletiva. A garçonete, atenciosa, nos trouxe o vinho (o mesmo Salton Volpi de quase todas as mesas de casais, com suas devidas pizzas grandes) e a água mineral – essa por nossa conta. Tínhamos direito a três sabores e escolhemos Hirataki ao molho de ostras (molho de tomate, mussarela, cogumelo hirataki e molho de ostras), Queijo brie com damasco (molho de tomate, queijo brie e damasco flambado com alho poró) e San Parma (molho de tomate, mussarela, presunto Parma e orégano).
Depois de uma espera breve, a pizza chegou e comecei pela de hirataki. A massa estava fina, os cogumelos deliciosos, mas não senti qualquer vestígio do tal molho de ostras. O hirataki tem um sabor bastante pronunciado, talvez por isso não tenha sido uma boa combinação. Parti então para o próximo sabor, de presunto parma, que eu adoro. O pecado da vez foi deixar a pizza assar de forma irregular. O resultado foi um parma tostado além da conta, com gosto mais pra queimado que pra defumado. A melhor da noite foi a última a ser provada, com um equilíbrio bom entre os sabores delicados do brie, do damasco e do amado alho poró. Mas confesso que esperava mais, depois de tantas recomendações.
A pizza de damasco, brie e alho poró (Divulgação)
Pedimos para levar o restante do vinho, encerramos a conta no valor de uma água mineral e saímos com vontade de voltar em tempos sem efeito-compra-coletiva. Acredito que, por ser pequena, e não ter comportado o número de clientes que aderiram à promoção, a qualidade tenha caído. Para estes casos, acho que a limitação no número de cupons vendidos ajudaria bastante. Talvez tenha sido apenas um dia meia boca. Mas, como sabemos, constância é um valor que os restaurantes não podem se dar ao luxo de esquecer, mesmo em tempos de compra coletiva.
Atendimento: ☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
Endereço: Rodovia Admar Gonzaga, 3595 / Subida do Morro da Lagoa
Telefone: 3334-0945
Abre de quarta a segunda, das 19h à meia-noite.
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Alguns sites que lançam ofertas aqui de Floripa:
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Olha eu na GOSTO!
Eu sensualizando com o meu trabalho. A foto é do simpaticíssimo Luiz Henrique Mendes, fotógrafo da GOSTO e responsável por muitas das capas lindas que a gente vê na revista. Esta edição da GOSTO aqui no canto inferior direito é a de outubro, onde consta a nota. Clica em cima pra ampliar e ler.
Olá, pessoal!
Depois desse feriado prolongado, venho aqui no blog compartilhar uma boa notícia com vocês. No mês passado, como já tinha comentado, fui a São Paulo mostrar meu Trabalho de Conclusão de Curso à redação da revista GOSTO. Eles gostaram muito do resultado e publicaram uma nota na edição de outubro da revista ;)
Pra quem não sabe, a GOSTO tem apenas um ano, mas já se firma como uma referência em jornalismo gastronômico no Brasil e em Portugal, com um time de profissionais muito experiente, que migrou da GULA para esta nova empreitada. A revista é editada pelo J. A. Dias Lopes, fundador e editor da GULA por 17 anos e colaborador do excelente caderno Paladar, do Estadão.
Meu trabalho foi pegar as referências editoriais e gráficas da revista, para construir uma edição especial Florianópolis. Na nota que eu reproduzi acima, o jornalista Claudio Fragata descreve como foi o processo.
Beijos e abraços a todos!
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Domingueira no Tamarutaca
Tamarutaca é um crustáceo muito feio que vive no fundo do mar. Quem me contou isso foi o Google, quando recorri a ele para encontrar o endereço do restaurante que leva o mesmo nome do tal bicho e fica na Barra da Lagoa. Domingo de sol é dia de sair para almoçar com a família. Formada a caravana, fomos conferir se o Tamarutaca é tudo isso que eu já ouvi falar de muitos dos meus leitores.
O restaurante fica na estrada da Fortaleza da Barra e estava cheio quando chegamos, pelas 13h da tarde. Esperamos poucos minutos até vagar uma mesa para oito pessoas e logo passamos aos pedidos, já que a fome era grande. Já tinha ouvido falar do Camarão ao Catupiry (R$85,80 para três pessoas) de lá, a especialidade da casa. O primeiro prato estava decidido. A segunda escolha foi o Congrio à Belle Meunière (R$69,80). Para a cunhada Bianca e o concunhado (ainda se usa essa palavra?) Pedro, que combinam até na alergia ao camarão, a opção foi o Linguado ao molho de dois queijos (R$64,80).
Para abrir o apetite, pedimos uma porção de camarão à milanesa (R$ 29,80). O empanado
estava delicioso: sequinho, crocante, lisinho. Deu até pra perdoar a pouca variedade de cervejas que o restaurante oferecia no dia (somente Skol e Bohemia).
Camarão à milanesa
Apesar do movimento intenso, não demorou muito para os pratos chegarem (nem tão demorados que cansem o cliente, nem tão rápidos que pareça que já estão prontos é o lema). O camarão refogado na manteiga veio encoberto pelo molho ao sugo com catupiry, acompanhado de arroz e batata palha (podiam caprichar mais no acompanhamento, né? Batata palha eu como em casa). O camarão...tão simples e tão divino. Temperos no ponto certo, ponto de cozimento também. Não estava borrachento, e tinha um sabor incrível, que não se perdeu em meio ao molho. Sim, é mesmo tudo o que tinham me falado.
O camarão ao catupiry
A segunda boa surpresa ficou por conta do congrio grelhado, coberto com camarão, alcaparras e champignon e acompanhado de arroz e batata sauté. Eu sou apaixonada por manteiga, champignon e alcaparras, logo, suspeita pra falar. Mas estava delicioso, o que foi confirmado pelo restante da mesa. O pessoal ficou em dúvida se elegia o congrio ou o camarão ao catupiry como o preferido do almoço.
Congrio à belle meunière
Aproveitei e também dei uma beliscada no linguado ao molho de dois queijos. Também estava muito gostoso, com sabor delicado.
Linguado aos dois queijos
O atendimento também foi muito simpático. Para os clientes que não dispensam o cafezinho ao final da refeição, eles trazem uma garrafa térmica e um potinho de biscoitos, como se estivéssemos em casa. Ao final, fomos embora com R$ 75 por casal a menos no bolso, mas com a certeza da volta breve!
Preço: $$$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
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O restaurante fica na estrada da Fortaleza da Barra e estava cheio quando chegamos, pelas 13h da tarde. Esperamos poucos minutos até vagar uma mesa para oito pessoas e logo passamos aos pedidos, já que a fome era grande. Já tinha ouvido falar do Camarão ao Catupiry (R$85,80 para três pessoas) de lá, a especialidade da casa. O primeiro prato estava decidido. A segunda escolha foi o Congrio à Belle Meunière (R$69,80). Para a cunhada Bianca e o concunhado (ainda se usa essa palavra?) Pedro, que combinam até na alergia ao camarão, a opção foi o Linguado ao molho de dois queijos (R$64,80).
Para abrir o apetite, pedimos uma porção de camarão à milanesa (R$ 29,80). O empanado
estava delicioso: sequinho, crocante, lisinho. Deu até pra perdoar a pouca variedade de cervejas que o restaurante oferecia no dia (somente Skol e Bohemia).
Camarão à milanesa
Apesar do movimento intenso, não demorou muito para os pratos chegarem (nem tão demorados que cansem o cliente, nem tão rápidos que pareça que já estão prontos é o lema). O camarão refogado na manteiga veio encoberto pelo molho ao sugo com catupiry, acompanhado de arroz e batata palha (podiam caprichar mais no acompanhamento, né? Batata palha eu como em casa). O camarão...tão simples e tão divino. Temperos no ponto certo, ponto de cozimento também. Não estava borrachento, e tinha um sabor incrível, que não se perdeu em meio ao molho. Sim, é mesmo tudo o que tinham me falado.
O camarão ao catupiry
A segunda boa surpresa ficou por conta do congrio grelhado, coberto com camarão, alcaparras e champignon e acompanhado de arroz e batata sauté. Eu sou apaixonada por manteiga, champignon e alcaparras, logo, suspeita pra falar. Mas estava delicioso, o que foi confirmado pelo restante da mesa. O pessoal ficou em dúvida se elegia o congrio ou o camarão ao catupiry como o preferido do almoço.
Congrio à belle meunière
Aproveitei e também dei uma beliscada no linguado ao molho de dois queijos. Também estava muito gostoso, com sabor delicado.
Linguado aos dois queijos
O atendimento também foi muito simpático. Para os clientes que não dispensam o cafezinho ao final da refeição, eles trazem uma garrafa térmica e um potinho de biscoitos, como se estivéssemos em casa. Ao final, fomos embora com R$ 75 por casal a menos no bolso, mas com a certeza da volta breve!
Preço: $$$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥
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terça-feira, 21 de setembro de 2010
O que esperar da Fenaostra
Outubro está chegando e com ele todas as tradicionais festas de Santa Catarina. À parte da alucinação alcoólica de festas como a Oktober, Floripa recebe a Fenaostra. A Festa Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana acontece todo ano desde 1999. Esta edição vai de 22 a 31 de outubro, no Centrosul. O lançamento aconteceu na semana passada, eu fui conferir e agora conto aqui pra vocês como foi e o que podemos esperar.
O evento de lançamento aconteceu na última quarta-feira (15), no Lira Tênis Clube, no Centro. Antes que alguém fique se perguntando, ninguém me pagou pra escrever, nem fui comprada por meia dúzia de ostras, eu juro. Cheguei atrasada e não acompanhei o desfile das candidatas a rainha e princesas (ahh, que pena!).
Em compensação, todas as mesinhas já estavam montadas, cada uma com a sua especialidade, prontas para a degustação. Tentei comer uma porção de cada coisa, para experimentar toda a variedade de pratos. Deixei de lado os clássicos in natura, ao bafo e gratinada e parti para as novidades.
Comecei pela ostra defumada, para abrir o apetite. Pra quem não conhece, é uma delícia. Lá, era servida em palitinhos pra degustação. Eu provei há um tempo a panqueca de ostras defumadas da Spaghetteria Santo Antônio e recomendo imensamente (mas a Spaghetteria não está na Fenaostra, tem que ir conferir em Santo Antônio de Lisboa. Aqui abaixo coloquei a lista dos participantes. Acredito que nem todos os listados estavam no lançamento).
Chegou a vez da Tapioca de ostras, da Tapioca Sul Brasil. Foi uma das porções preferidas da noite. A Tapioca vinha temperada com vinagrete suave e ostra ao bafo. Recomendo muito pra quem quiser provar algo diferente na festa.
Parti então para o macarrão com ostras, alho, brócolis e cebolinha, do Fratellanza. Não sei se foi a correria do evento (mas na festa com certeza vai ter muito mais gente), mas as ostras estavam frias. Foram pré-cozidas e acho que não deu tempo de esquentar junto com o macarrão. O macarrão também estava sem sal, mas al dente.
Do ladinho ficava a paella de ostras (tradicional, com direito a frango, porco, marisco, lula e tudo mais). Para mim, não foi a grande atração da noite. Acho que esse tipo de comida em larga escala compromete muito a qualidade. O prato é de um restaurante que ainda vai ser lançado aqui na capital e curiosamente não está na listinha dos participantes. Depois de uma dose de cachaça Mocotinha, dei sequência à saga.
O destaque da noite ficou por conta do crepe de ostras da Crepes Mania. O crepe tipo francês era recheado com ostra ao bafo, queijo e manjericão. Não tem como dar errado. Estava delicioso, com a ostra cozida na medida certa, sem ficar borrachenta, nem despedaçando. Foi o melhor da noite, com certeza.
Ao lado do crepe, destaque para o pastel de ostras do Estação 261. Acho que foi um dos que mais agradou o público e a mim também. Colo aqui abaixo a receita do recheio, disponibilizada pelo chef Fernando Gomes:
Receita de Pastel de Ostra à moda do Chef
6 ostras picadas
50 g de mussarela ralado
15 g de rockfort
1/4 de cebola brunoise (cortada em cubinhos pequenos)
30 g de cream cheese
1/2 limão galego
Modo de preparo:
Grelhe as cebolas e adicione a ostra picada, o cream cheese e o limão. Deixe esfriar. Acrescente o queijo e recheie o pastel.
Terminei o itinerário provando a Ostra combinada da Casa do Peixe. Nada mais era que um fundinho de mandioquinha, com ostra gratinada por cima. A promessa era de ser uma delícia, mas não agradou. O sabor adocicado da mandioquinha se sobressaiu demais e acho que naquela altura dos acontecimentos eu não estava tão disposta a comer mais ostras.
Não consegui provar todos os pratos, já que alguns acabaram antes de eu terminar o circuito. Ouvi falar muito bem do escondidinho de ostras e camarão do Galpão Pegorini. Também fiquei sabendo que o Freguesia vai servir novamente esse ano o já tradicional estrogonofe de ostras. Já provei no restaurante e garanto que é um dos melhores pratos que a Fenaostra oferece. Abaixo coloco uma foto de divulgação. Não esperem que a apresentação, na loucura da Festa, seja a mesma.
Foto: Sérgio Vignes/ Abrasel SC
Enfim...acabei me alongando no post pra dar conta de falar de todas as iguarias. Tenho minhas ressalvas quanto à Fenaostra. Acho caro pagar R$ 5 para entrar, R$ 10 de estacionamento e uma média de R$ 12 por meia dúzia de ostras ao bafo, por exemplo. Mas vale a pena conferir as dicas de coisas diferentes, como o crepe, a tapioca, ou o estrogonofe. Pra quem não conhece, a festa é bem família, no pavilhão do Centrosul, com direito a todo mundo falando ao mesmo tempo, filas e feirinha de artesanato. Pode ser um bom programa de domingo.
Pra ter uma ideia da vibe Fenaostra (foto da edição 2009)
Lista dos participantes:
Quiosques:
• Tapioca Sul Brasil
• Fratelli
• Crepes Mania
• Cachaça Mocotinha
Restaurantes:
• Rancho Açoriano
• Freguesia;
• Fratellanza
• Casa das Tortas
• Ostras e Ostras Coisas
• Casa do Peixe
• O Galpão Pegorini
• Ostradamus
• Estação 261
• Domini
• Ostras na Ilha
• Tens Tempo Café
Participam também as associações de maricultores AMAQUAI, Rede Rosa, AMANI e ASIMAR.
Aqui no site oficial vocês encontram toda a programação de atrações, shows etc.
Aviso aos xaropes de plantão: sei que muitos consideram uma heresia qualquer coisa que não seja ostra in natura. Aqui optei por falar também de outras preparações. E é só isso. Não estou pregando a revolta do queijo sobre a ostra, apenas mostrando outras possibilidades.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Menos é mais no Vadinho
Juro pra vocês que eu fiquei envergonhada de nunca mais dar as caras e já estava decidida a parar de escrever de vez. Foi então que acessei o Analytics e percebi que vocês são uns fofos que não deixam de entrar aqui, mesmo eu sendo a blogueira mais relapsa do mundo. Isso sensibilizou meu coraçãozinho e vou tentar, com todas as minhas forças, atualizar mais frequentemente.
Sei que isso já está parecendo a história do menininho e do lobo (alguém lembra disso? A tia da escola contava na tentativa frustrada de me impedir de mentir descaradamente. Pra quem não se atinou, a dica é Google: “O menino e o lobo”). Mas agora que faculdade, TCC e formatura são termos banidos do meu dicionário (pelo menos por um tempo), acho que tudo vai ficar mais fácil.
A propósito, apresentei o TCC que tinha falado pra vocês, tirei 10 e agora sou uma jornalista formada, por mais que isso não queira dizer muito nos tempos de hoje. Em breve, assim que corrigir uns detalhes observados pela banca, disponibilizo aqui para vocês.
Muito tempo se passou, conheci alguns lugares, voltei a outros, comi, bebi, conheci gente bacaninha e veio a questão: falar de quem nessa volta triunfal? Por fim, decidi escrever sobre um lugar excelente e barato, que está fora do mainstream gastronômico florianopolitano: o Restaurante do Vadinho. Algumas pessoas já tinham me pedido para escrever sobre ele. Para compensar o meu descaso, aqui vai o post, para os sobreviventes do lado de lá:
É preciso vencer uma série de outros restaurantes mais vistosos e mais famosos (como o Arantes) até chegar ao último deles, no final da orla do Pântano do Sul. Estacionamento é algo que não existe. As pessoas geralmente deixam o carro ali mesmo na areia, entrando no clima “terra sem lei” do sul da Ilha, até que a ressaca nos expulse.
O Bar do Vadinho (valeu pela correção, Xexéu!) não tem cardápio. A comida é a mesma para todos, todos os dias: peixe da época (agora é tainha) em postas e/ou filé, pirão, salada, arroz, feijão, batata frita e a saborosíssima estopa – um desfiado de cação e arraia molhadinho e com um tempero maravilhoso, que é de comer de joelhos.
Tudo isso e muito mais por R$ 18
Segundo o próprio Lourival João Perão, o Vadinho, ex-pescador e dono do restaurante, ali se encontra a autêntica comida caseira do Pântano, um dos lugares mais manezinhos da ilha. Por módicos R$ 18 por pessoa (o preço é o mesmo para todos), come-se à vontade e de quebra dá para apreciar os quadros expostos nas paredes, produzidos com conchas e outros materiais, de autoria do próprio Vadinho.
Quadros do Vadinho, feitos com conchas e materiais rústicos
Se os clientes não se derem por satisfeitos com a primeira rodada de comida, o dono do restaurante e outros quatro garçons repõem as porções nas 19 mesas lotadas do restaurante. Eu e o Geison jogamos a toalha logo no primeiro round, com comida muito bem servida e de sabor espetacularmente simples.
O restaurante, que antigamente abrigava a venda do seu João Manuel Inácio, pai do Vadinho, abre todos os dias, dia e noite, durante a alta temporada. De abril a novembro, o almoço é servido aos fins de semana e feriados.
A dica é chegar cedo para garantir lugar. Se no tempo do seu João Manuel o destaque era o único gramofone da região, que fazia a venda ficar apinhada de gente, hoje é a comida que sai da cozinha de Vadinho que atrai turistas e moradores de Florianópolis em busca de uma refeição simples e saborosa.
Preço: $
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥
Aceita cartão de crédito / débito
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Sei que isso já está parecendo a história do menininho e do lobo (alguém lembra disso? A tia da escola contava na tentativa frustrada de me impedir de mentir descaradamente. Pra quem não se atinou, a dica é Google: “O menino e o lobo”). Mas agora que faculdade, TCC e formatura são termos banidos do meu dicionário (pelo menos por um tempo), acho que tudo vai ficar mais fácil.
A propósito, apresentei o TCC que tinha falado pra vocês, tirei 10 e agora sou uma jornalista formada, por mais que isso não queira dizer muito nos tempos de hoje. Em breve, assim que corrigir uns detalhes observados pela banca, disponibilizo aqui para vocês.
Muito tempo se passou, conheci alguns lugares, voltei a outros, comi, bebi, conheci gente bacaninha e veio a questão: falar de quem nessa volta triunfal? Por fim, decidi escrever sobre um lugar excelente e barato, que está fora do mainstream gastronômico florianopolitano: o Restaurante do Vadinho. Algumas pessoas já tinham me pedido para escrever sobre ele. Para compensar o meu descaso, aqui vai o post, para os sobreviventes do lado de lá:
É preciso vencer uma série de outros restaurantes mais vistosos e mais famosos (como o Arantes) até chegar ao último deles, no final da orla do Pântano do Sul. Estacionamento é algo que não existe. As pessoas geralmente deixam o carro ali mesmo na areia, entrando no clima “terra sem lei” do sul da Ilha, até que a ressaca nos expulse.
O Bar do Vadinho (valeu pela correção, Xexéu!) não tem cardápio. A comida é a mesma para todos, todos os dias: peixe da época (agora é tainha) em postas e/ou filé, pirão, salada, arroz, feijão, batata frita e a saborosíssima estopa – um desfiado de cação e arraia molhadinho e com um tempero maravilhoso, que é de comer de joelhos.
Tudo isso e muito mais por R$ 18
Segundo o próprio Lourival João Perão, o Vadinho, ex-pescador e dono do restaurante, ali se encontra a autêntica comida caseira do Pântano, um dos lugares mais manezinhos da ilha. Por módicos R$ 18 por pessoa (o preço é o mesmo para todos), come-se à vontade e de quebra dá para apreciar os quadros expostos nas paredes, produzidos com conchas e outros materiais, de autoria do próprio Vadinho.
Quadros do Vadinho, feitos com conchas e materiais rústicos
Se os clientes não se derem por satisfeitos com a primeira rodada de comida, o dono do restaurante e outros quatro garçons repõem as porções nas 19 mesas lotadas do restaurante. Eu e o Geison jogamos a toalha logo no primeiro round, com comida muito bem servida e de sabor espetacularmente simples.
O restaurante, que antigamente abrigava a venda do seu João Manuel Inácio, pai do Vadinho, abre todos os dias, dia e noite, durante a alta temporada. De abril a novembro, o almoço é servido aos fins de semana e feriados.
A dica é chegar cedo para garantir lugar. Se no tempo do seu João Manuel o destaque era o único gramofone da região, que fazia a venda ficar apinhada de gente, hoje é a comida que sai da cozinha de Vadinho que atrai turistas e moradores de Florianópolis em busca de uma refeição simples e saborosa.
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