Juro pra vocês que eu fiquei envergonhada de nunca mais dar as caras e já estava decidida a parar de escrever de vez. Foi então que acessei o Analytics e percebi que vocês são uns fofos que não deixam de entrar aqui, mesmo eu sendo a blogueira mais relapsa do mundo. Isso sensibilizou meu coraçãozinho e vou tentar, com todas as minhas forças, atualizar mais frequentemente.
Sei que isso já está parecendo a história do menininho e do lobo (alguém lembra disso? A tia da escola contava na tentativa frustrada de me impedir de mentir descaradamente. Pra quem não se atinou, a dica é Google: “O menino e o lobo”). Mas agora que faculdade, TCC e formatura são termos banidos do meu dicionário (pelo menos por um tempo), acho que tudo vai ficar mais fácil.
A propósito, apresentei o TCC que tinha falado pra vocês, tirei 10 e agora sou uma jornalista formada, por mais que isso não queira dizer muito nos tempos de hoje. Em breve, assim que corrigir uns detalhes observados pela banca, disponibilizo aqui para vocês.
Muito tempo se passou, conheci alguns lugares, voltei a outros, comi, bebi, conheci gente bacaninha e veio a questão: falar de quem nessa volta triunfal? Por fim, decidi escrever sobre um lugar excelente e barato, que está fora do mainstream gastronômico florianopolitano: o Restaurante do Vadinho. Algumas pessoas já tinham me pedido para escrever sobre ele. Para compensar o meu descaso, aqui vai o post, para os sobreviventes do lado de lá:
É preciso vencer uma série de outros restaurantes mais vistosos e mais famosos (como o Arantes) até chegar ao último deles, no final da orla do Pântano do Sul. Estacionamento é algo que não existe. As pessoas geralmente deixam o carro ali mesmo na areia, entrando no clima “terra sem lei” do sul da Ilha, até que a ressaca nos expulse.
O Bar do Vadinho (valeu pela correção, Xexéu!) não tem cardápio. A comida é a mesma para todos, todos os dias: peixe da época (agora é tainha) em postas e/ou filé, pirão, salada, arroz, feijão, batata frita e a saborosíssima estopa – um desfiado de cação e arraia molhadinho e com um tempero maravilhoso, que é de comer de joelhos.
Tudo isso e muito mais por R$ 18
Segundo o próprio Lourival João Perão, o Vadinho, ex-pescador e dono do restaurante, ali se encontra a autêntica comida caseira do Pântano, um dos lugares mais manezinhos da ilha. Por módicos R$ 18 por pessoa (o preço é o mesmo para todos), come-se à vontade e de quebra dá para apreciar os quadros expostos nas paredes, produzidos com conchas e outros materiais, de autoria do próprio Vadinho.
Quadros do Vadinho, feitos com conchas e materiais rústicos
Se os clientes não se derem por satisfeitos com a primeira rodada de comida, o dono do restaurante e outros quatro garçons repõem as porções nas 19 mesas lotadas do restaurante. Eu e o Geison jogamos a toalha logo no primeiro round, com comida muito bem servida e de sabor espetacularmente simples.
O restaurante, que antigamente abrigava a venda do seu João Manuel Inácio, pai do Vadinho, abre todos os dias, dia e noite, durante a alta temporada. De abril a novembro, o almoço é servido aos fins de semana e feriados.
A dica é chegar cedo para garantir lugar. Se no tempo do seu João Manuel o destaque era o único gramofone da região, que fazia a venda ficar apinhada de gente, hoje é a comida que sai da cozinha de Vadinho que atrai turistas e moradores de Florianópolis em busca de uma refeição simples e saborosa.
Preço: $
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥
Aceita cartão de crédito / débito
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Mostrando postagens com marcador restaurante. Mostrar todas as postagens
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Pra não dizer que não falei do Brasil Sabor
Eis que, como Freddy Krueger, eu volto das cinzas pra mais um post. Todos têm razão em me xingar por ficar tanto tempo sem postar nada aqui e acho que muita gente desistiu pelo caminho. O negócio é que isso aqui começou como uma brincadeira que está dando certo. Fui chamada pra fazer uns freelas por causa do blog e ele também foi o grande encorajador do meu TCC, que eu ainda não contei pra vocês. Vai ser uma publicação de gastronomia, nos moldes da Revista Gosto (sou fã de carteirinha), com pautas de Floripa. Então, o que eu posso dizer é que estão rolando muitas entrevistas com gente boa de Floripa, que está fazendo alguma coisa pra levantar a moral da nossa cozinha. Depois que eu defender o trabalho, compartilho aqui com vocês, mas já posso adiantar que um TCC nunca foi tão gostoso (óbvio que tinha que ter um trocadilho infame). Ao post, leitores!
Apesar da correria toda da vida, não queria deixar o Brasil Sabor passar sem provar pelo menos um prato. A escolha foi direcionada totalmente pela distância entre a minha casa e o restaurante. Fomos então de Pitangueiras, um restaurante com uma vista privilegiada da Ponta do Sambaqui. A noite era fria e chuvosa, mas Sambaqui consegue ser bonita mesmo assim. Já tinha ido ao Pitangueiras na alta temporada, em um domingo, o que é sinônimo de no mínimo uma hora de espera entre o pedido e o prato na mesa. Desta vez, como fomos à noite, na baixa temporada, durante a semana, tivemos mais sorte com o movimento e também o privilégio de conversar um bocado com o Valentin, o mui simpático garçom que trabalha há anos por lá. Como estava friozinho, ficamos do lado de dentro e não curtimos o deck com a vista maravilhosa. Mas coloco aqui a foto deles pra vocês terem uma ideia.
Divulgação
O prato criado para o Brasil Sabor foi o Côngrio ao molho de siri (a receita vocês conferem aqui). Esse pedido já estava feito, nos restou apenas escolher a bebida. Como estávamos no Pitangueiras, nada melhor que uma caipira de pitanga. Valentin prontamente nos informou que foi ele o criador do drink e que, com o passar dos anos, abriu a opção de substituir a vodka pelo saquê. Saquerinha de pitanga, um luxo só! O saquê deixa a bebida bem leve, o que é um perigo pros mais fracos. Como não é o meu caso, mandei ver.
Depois de um tempinho de espera chega à mesa o côngrio grelhado ao molho de siri flambado, com creme de leite fresco, arroz e a delícia da noite: siri mole (R$ 59, para duas pessoas). o processo do siri mole é o seguinte: o pobre bicho é surpreendido pela crueldade humana quando vai trocar de casca. Ele é morto durante essa transição para poder chegar até nós inteiro, limpinho e mole. Passado o momento de compaixão (que durou dois segundos), nos deliciamos com a carne macia, saborosa e branquinha do siri empanado inteiro. Recomendadíssimo. Acho mesmo que ele rouba a cena do restante do prato. Gostei do côngrio, mas acho que pesaram um pouco a mão no tempero e ele perdeu espaço pro molho de siri. Mas comeria novamente sem pensar duas vezes. O up ficou por conta do molho de pimenta com manga do Brasil Sabor. Sou suspeita de falar sobre pimentas, já que eu adoro. Mas o Geison, que não é muito fã, não me deixa mentir. Pimenta muito saborosa e nada ardida, como deve ser.
Ao final da noite, pedimos a conta. Na contramão da exploração que geralmente se vê nos restaurantes daqui, o Pitangueiras não cobra taxa de serviço. Se você for bem atendido, contribui com o que acha justo. Como o atendimento foi excelente, com direito a explicação sobre drinks e aula sobre predação implacável de siris, nada mais justo que reconhecer o trabalho do nosso amigo Valentin. Entre conta e gorjeta, gastamos no total R$ 77,50. Detalhe importante: o festival acaba amanhã, mas não precisa correr pra não perder a chance de comer essa delícia. O prato fez tanto sucesso que vai entrar pro cardápio.
Preço: $$$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
Estacionamento para carros e barcos (très chic!)
Serviço:
O Pitangueiras abre de quarta a segunda-feira, das 11:30 às 24:00.
(48) 3335.0398
http://www.restaurantepitangueiras.com.br/
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Apesar da correria toda da vida, não queria deixar o Brasil Sabor passar sem provar pelo menos um prato. A escolha foi direcionada totalmente pela distância entre a minha casa e o restaurante. Fomos então de Pitangueiras, um restaurante com uma vista privilegiada da Ponta do Sambaqui. A noite era fria e chuvosa, mas Sambaqui consegue ser bonita mesmo assim. Já tinha ido ao Pitangueiras na alta temporada, em um domingo, o que é sinônimo de no mínimo uma hora de espera entre o pedido e o prato na mesa. Desta vez, como fomos à noite, na baixa temporada, durante a semana, tivemos mais sorte com o movimento e também o privilégio de conversar um bocado com o Valentin, o mui simpático garçom que trabalha há anos por lá. Como estava friozinho, ficamos do lado de dentro e não curtimos o deck com a vista maravilhosa. Mas coloco aqui a foto deles pra vocês terem uma ideia.
Divulgação
O prato criado para o Brasil Sabor foi o Côngrio ao molho de siri (a receita vocês conferem aqui). Esse pedido já estava feito, nos restou apenas escolher a bebida. Como estávamos no Pitangueiras, nada melhor que uma caipira de pitanga. Valentin prontamente nos informou que foi ele o criador do drink e que, com o passar dos anos, abriu a opção de substituir a vodka pelo saquê. Saquerinha de pitanga, um luxo só! O saquê deixa a bebida bem leve, o que é um perigo pros mais fracos. Como não é o meu caso, mandei ver.
Depois de um tempinho de espera chega à mesa o côngrio grelhado ao molho de siri flambado, com creme de leite fresco, arroz e a delícia da noite: siri mole (R$ 59, para duas pessoas). o processo do siri mole é o seguinte: o pobre bicho é surpreendido pela crueldade humana quando vai trocar de casca. Ele é morto durante essa transição para poder chegar até nós inteiro, limpinho e mole. Passado o momento de compaixão (que durou dois segundos), nos deliciamos com a carne macia, saborosa e branquinha do siri empanado inteiro. Recomendadíssimo. Acho mesmo que ele rouba a cena do restante do prato. Gostei do côngrio, mas acho que pesaram um pouco a mão no tempero e ele perdeu espaço pro molho de siri. Mas comeria novamente sem pensar duas vezes. O up ficou por conta do molho de pimenta com manga do Brasil Sabor. Sou suspeita de falar sobre pimentas, já que eu adoro. Mas o Geison, que não é muito fã, não me deixa mentir. Pimenta muito saborosa e nada ardida, como deve ser.
Ao final da noite, pedimos a conta. Na contramão da exploração que geralmente se vê nos restaurantes daqui, o Pitangueiras não cobra taxa de serviço. Se você for bem atendido, contribui com o que acha justo. Como o atendimento foi excelente, com direito a explicação sobre drinks e aula sobre predação implacável de siris, nada mais justo que reconhecer o trabalho do nosso amigo Valentin. Entre conta e gorjeta, gastamos no total R$ 77,50. Detalhe importante: o festival acaba amanhã, mas não precisa correr pra não perder a chance de comer essa delícia. O prato fez tanto sucesso que vai entrar pro cardápio.
Preço: $$$
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Serviço:
O Pitangueiras abre de quarta a segunda-feira, das 11:30 às 24:00.
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quarta-feira, 24 de março de 2010
O La Bohème nosso de cada dia
Sei que vocês andam muito mal acostumados com meus posts glamourosos sobre Café Riso, Bianco Lounge, Deck e tudo mais, mas hoje voltaremos à realidade do almoço nosso de cada dia. Vamos de buffet a quilo, mas só se for bom, bonito, barato e limpinho.
O La Bohème é tudo isso e de tudo um pouco (café, confeitaria, restaurante...) – uma das poucas opções de comida digníssima que a Trindade oferece, além do Restaurante Universitário, obviamente. Como eu não tenho mais idade pra enfrentar as incansáveis filas do RU, resolvi desbravar a Trindade em busca de um bom custo benefício, que encontrei no La Bohème (R$24,90 o quilo, de segunda a sábado e R$ 29 aos domingos e feriados). Pra quem não conhece, fica quase em frente ao Comper, num salãozinho do subsolo de uma loja de decorações, que pede ampliação urgente.
Divulgação
Na opinião da Cora, um Central da Trindade. Acho um pouquinho de exagero, já que considero o Central um hors concours (valeu pela correção, Tony) no que se refere a buffets, mas a comparação tem lá seu fundo de verdade. Aliás, abro um parêntese pra confessar que almoçar anda um pouco mais triste, já que esta minha parceira anda desbravando o cerrado e me abandonou à sorte das quiches de queijo ou champignon e do célebre arroz com abacaxi e gorgonzola.
Essas são apenas umas das minhas preferências, que de vez em quando figuram pelo sempre variadíssimo buffet, com diversas opções de saladas, massas (lasanhas, rondeles, tortéis, nhoques...) e carnes. Oferece também opções muito honestas de comida para vegetarianos. Vale a pena ficar de olho nos dias em que são servidos almoços especiais. Hoje, por exemplo, é dia de comida baiana. No site dá pra conferir a programação com todas as cozinhas – oriental, italiana, árabe, mineira (demais!) e portuguesa.
Como nem tudo são flores, alerto pra dois pontos fracos do La Bohème: as carnes grelhadas e as filas. As carnes ficam na cuba no fim do buffet e quase sempre dão pena de ver, mais abandonadas que bombom de banana na caixinha de chocolate Nestlè. Aliás, carne grelhada geralmente só dá pra encarar quando é preparada ali na sua frente. Nesse caso, melhor preferir as outras carnes que o buffet oferece, como a deliciosa vaca atolada que de vez em quando dá as caras por lá. Outra dica é: afaste-se ao máximo do horário do meio-dia. Ou chegue cedo, ou chegue tarde. Como a expertise em RU já trabalhou bem a minha paciência, encaro numa boa as filas, mas já vi muita gente desistir de comer lá por conta delas.
Depois do almoço, nada melhor que um cafezinho delicioso, que pede um pedaço de torta e uma amnésia, pra esquecer de contabilizar as calorias. Eu sou fã da Três Mousses, que tem uma base de casquinha de bolacha com castanhas e recheio de mousse de chocolate ao leite, chocolate meio amargo e de chocolate branco. O preço, ao contrário da torta, é salgadinho (não resisti à piada infame), R$ 33 o quilo.
Semana passada fui conferir o recém inaugurado Armazém da Pasta, assunto pro nosso próximo post!
Preço: $$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
Serviço:
O La Bohème abre de segunda a sexta, das 11h às 20h e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 16h.
(48) 3234-7647
http://www.labohemecafe.com.br/
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O La Bohème é tudo isso e de tudo um pouco (café, confeitaria, restaurante...) – uma das poucas opções de comida digníssima que a Trindade oferece, além do Restaurante Universitário, obviamente. Como eu não tenho mais idade pra enfrentar as incansáveis filas do RU, resolvi desbravar a Trindade em busca de um bom custo benefício, que encontrei no La Bohème (R$24,90 o quilo, de segunda a sábado e R$ 29 aos domingos e feriados). Pra quem não conhece, fica quase em frente ao Comper, num salãozinho do subsolo de uma loja de decorações, que pede ampliação urgente.
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Na opinião da Cora, um Central da Trindade. Acho um pouquinho de exagero, já que considero o Central um hors concours (valeu pela correção, Tony) no que se refere a buffets, mas a comparação tem lá seu fundo de verdade. Aliás, abro um parêntese pra confessar que almoçar anda um pouco mais triste, já que esta minha parceira anda desbravando o cerrado e me abandonou à sorte das quiches de queijo ou champignon e do célebre arroz com abacaxi e gorgonzola.
Essas são apenas umas das minhas preferências, que de vez em quando figuram pelo sempre variadíssimo buffet, com diversas opções de saladas, massas (lasanhas, rondeles, tortéis, nhoques...) e carnes. Oferece também opções muito honestas de comida para vegetarianos. Vale a pena ficar de olho nos dias em que são servidos almoços especiais. Hoje, por exemplo, é dia de comida baiana. No site dá pra conferir a programação com todas as cozinhas – oriental, italiana, árabe, mineira (demais!) e portuguesa.
Como nem tudo são flores, alerto pra dois pontos fracos do La Bohème: as carnes grelhadas e as filas. As carnes ficam na cuba no fim do buffet e quase sempre dão pena de ver, mais abandonadas que bombom de banana na caixinha de chocolate Nestlè. Aliás, carne grelhada geralmente só dá pra encarar quando é preparada ali na sua frente. Nesse caso, melhor preferir as outras carnes que o buffet oferece, como a deliciosa vaca atolada que de vez em quando dá as caras por lá. Outra dica é: afaste-se ao máximo do horário do meio-dia. Ou chegue cedo, ou chegue tarde. Como a expertise em RU já trabalhou bem a minha paciência, encaro numa boa as filas, mas já vi muita gente desistir de comer lá por conta delas.
Depois do almoço, nada melhor que um cafezinho delicioso, que pede um pedaço de torta e uma amnésia, pra esquecer de contabilizar as calorias. Eu sou fã da Três Mousses, que tem uma base de casquinha de bolacha com castanhas e recheio de mousse de chocolate ao leite, chocolate meio amargo e de chocolate branco. O preço, ao contrário da torta, é salgadinho (não resisti à piada infame), R$ 33 o quilo.
Semana passada fui conferir o recém inaugurado Armazém da Pasta, assunto pro nosso próximo post!
Preço: $$
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O La Bohème abre de segunda a sexta, das 11h às 20h e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 16h.
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segunda-feira, 1 de março de 2010
Deck e a arte de reciclar morangas
Olá, povo! Como inovação é a palavra da moda e eu sou uma pessoa antenada (?), resolvi fazer uma ousadia neste humilde blog. Na verdade tudo é uma grande desculpa pra minha falta de tempo e dinheiro. Alguns bons amigos que, ou sabem escrever, ou sabem falar de comida, vão arriscar seus rabiscos por aqui, devidamente editados pela minha pessoa. Quem dá a largada é o Joaquim Dutra, meu grande amigo e grande cozinheiro, que vai falar um pouquinho da experiência no Deck. Lógico que eu não me aguentei e fiz uns comentários aleatórios e desnecessários ao longo do post (em parêntes, em itálico, assim desse jeito). Sem mais delongas, vamos ler e ver se o Joaquim se dá bem aqui, como se dá com as panelas:
Lá por meados de novembro passado recebi a visita de um querido amigo, que veio de Sampa para visitar a Ilha. Depois de uma noite frustrante no El Mexicano da Beiramar (realmente eles são muito inconstantes por lá...), a ideia era me redimir. Levei o Rafael a Santo Antônio de Lisboa, para aproveitar as belezas naturais e as maravilhas gastronômicas da região.
Estacionei em frente ao Deck Santo Antonio, um lindo restaurante, com um visual moderno e clean, segundo o Rafael. Para mim, um aquário chique, bonitão e aconchegante. Na porta, fomos muito bem recebidos pela hostess, que nos orientou sobre os ambientes do restaurante. Ao total são três: o primeiro, fora do Deck, com espreguiçadeira, cadeiras de madeira e uma vista fantástica para o mar; o segundo fica na parte de baixo do deck, mas não pude conferir, já que o Rafael me arrastou para o terceiro ambiente, que ficava na parte de cima.
O visú lá de cima, by Joaquim
Nos instalamos e como o dia quente pedia um chope, iniciei os trabalhos, disposto a deixar minhas mãos abertas e gastar o suficiente para que pudesse compensar a noite anterior. Em um piscar de olhos o garçom voltou com o meu chope geladíssimo e, para minha surpresa, era Schornstein, o melhor chope que eu já tive o prazer de tomar (estou perdendo tempo, ainda não provei. Se um cara que morou na Alemanha e tem um histórico de cevada como o Kim está falando, não tem discussão).
Até aí tudo corria bem. Bom atendimento, um preço razoável e um chope de qualidade e geladíssimo. Tanto que o Rafael não resistiu e acabou me acompanhando. Depois de três chopes para o time da casa contra dois para o visitante acabamos escolhendo um dos melhores aperitivos possíveis para um restaurante de frutos do mar: lula a dorê. Apesar de levemente moreninha, a lula estava macia e quentinha e o empanado crocante. Ponto para o Deck.
Lula a dorê, by Joaquim
Foi então que decidimos, por fim, qual seria o rango da noite. No clima de “desce mais um chopp”, acabei incentivando a opção do Rafael pelo camarão na moranga, sem saber do infantil acompanhamento: arroz com batata-palha. Me convencer foi fácil. Difícil foi esperar o garçom por mais de meia hora, com o restaurante vazio, as mãos abanando e barriga roncando.
Pedido feito, algo muito estranho pairou no Deck. O chope seguinte estava quente. Tive que pedir duas vezes para trocar, esperando pelo menos quinze minutos entre os pedidos. Enquanto a epopéia do chope, agora gelado, se encerrava, acompanhamos um leve barraco que aconteceu na mesa ao lado. Um senhor havia pedido um bobó e reclamava do camarão, que estava congelado no meio. Pra tentar me convencer, pensei “bobó é bobó, camarão na moranga é camarão na moranga” (como diria o poeta, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa completamente diferente. E vice-versa).
Quarenta minutos depois, uma mulher que parecia ser a chef nos trouxe o prato, pedindo desculpas pela demora. Naquele momento, estávamos famintos e gentilmente acolhemos os pedidos abanando a cabeça e acompanhando a modesta, mas satisfatória porção de arroz e batata-palha. Em seguida, do alto das mãos da chef, eis que surge ela, a moranga. (não temos fotos da dita cuja)
Pobre vegetal, murcho, feio, esfaqueado pelo lado de fora e, provavelmente, com algumas mesas anteriores no currículo. Ignorei a reciclagem, levando em conta a minha leve noção do funcionamento de um restaurante e da prática do “reaproveitamento” (essa galera nem pra contribuir com a economia local e comprar umas míseras morangas no Direto do Campo...).
Foi aí que a prova viva de que nem sempre a fome é o melhor tempero se manifestou. Estávamos pagando pouco mais de R$ 70 para comer um camarão com mingau de moranga. O creme estava ralo, sem sabor e empelotado, com sinais fortíssimos de ter sido engrossado com maisena. Me senti triste e roubado, e a contra gosto comemos sem reclamar na hora, cientes de que estávamos sendo enganados.
A conta foi na casa dos três dígitos, o atendimento foi bom enquanto durou e quem salvou meu dia foi a lula a dorê, o Schornstein gelado, o visual e a companhia do meu bom amigo. A prova viva de que outras máximas podem ser usadas sem medo. Bonitinho, mas ordinário, por exemplo.
Preço: $$$$
Atendimento: ☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
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Serviço:
(48) 3234-0787
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Lá por meados de novembro passado recebi a visita de um querido amigo, que veio de Sampa para visitar a Ilha. Depois de uma noite frustrante no El Mexicano da Beiramar (realmente eles são muito inconstantes por lá...), a ideia era me redimir. Levei o Rafael a Santo Antônio de Lisboa, para aproveitar as belezas naturais e as maravilhas gastronômicas da região.
Estacionei em frente ao Deck Santo Antonio, um lindo restaurante, com um visual moderno e clean, segundo o Rafael. Para mim, um aquário chique, bonitão e aconchegante. Na porta, fomos muito bem recebidos pela hostess, que nos orientou sobre os ambientes do restaurante. Ao total são três: o primeiro, fora do Deck, com espreguiçadeira, cadeiras de madeira e uma vista fantástica para o mar; o segundo fica na parte de baixo do deck, mas não pude conferir, já que o Rafael me arrastou para o terceiro ambiente, que ficava na parte de cima.
O visú lá de cima, by Joaquim
Nos instalamos e como o dia quente pedia um chope, iniciei os trabalhos, disposto a deixar minhas mãos abertas e gastar o suficiente para que pudesse compensar a noite anterior. Em um piscar de olhos o garçom voltou com o meu chope geladíssimo e, para minha surpresa, era Schornstein, o melhor chope que eu já tive o prazer de tomar (estou perdendo tempo, ainda não provei. Se um cara que morou na Alemanha e tem um histórico de cevada como o Kim está falando, não tem discussão).
Até aí tudo corria bem. Bom atendimento, um preço razoável e um chope de qualidade e geladíssimo. Tanto que o Rafael não resistiu e acabou me acompanhando. Depois de três chopes para o time da casa contra dois para o visitante acabamos escolhendo um dos melhores aperitivos possíveis para um restaurante de frutos do mar: lula a dorê. Apesar de levemente moreninha, a lula estava macia e quentinha e o empanado crocante. Ponto para o Deck.
Lula a dorê, by Joaquim
Foi então que decidimos, por fim, qual seria o rango da noite. No clima de “desce mais um chopp”, acabei incentivando a opção do Rafael pelo camarão na moranga, sem saber do infantil acompanhamento: arroz com batata-palha. Me convencer foi fácil. Difícil foi esperar o garçom por mais de meia hora, com o restaurante vazio, as mãos abanando e barriga roncando.
Pedido feito, algo muito estranho pairou no Deck. O chope seguinte estava quente. Tive que pedir duas vezes para trocar, esperando pelo menos quinze minutos entre os pedidos. Enquanto a epopéia do chope, agora gelado, se encerrava, acompanhamos um leve barraco que aconteceu na mesa ao lado. Um senhor havia pedido um bobó e reclamava do camarão, que estava congelado no meio. Pra tentar me convencer, pensei “bobó é bobó, camarão na moranga é camarão na moranga” (como diria o poeta, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa completamente diferente. E vice-versa).
Quarenta minutos depois, uma mulher que parecia ser a chef nos trouxe o prato, pedindo desculpas pela demora. Naquele momento, estávamos famintos e gentilmente acolhemos os pedidos abanando a cabeça e acompanhando a modesta, mas satisfatória porção de arroz e batata-palha. Em seguida, do alto das mãos da chef, eis que surge ela, a moranga. (não temos fotos da dita cuja)
Pobre vegetal, murcho, feio, esfaqueado pelo lado de fora e, provavelmente, com algumas mesas anteriores no currículo. Ignorei a reciclagem, levando em conta a minha leve noção do funcionamento de um restaurante e da prática do “reaproveitamento” (essa galera nem pra contribuir com a economia local e comprar umas míseras morangas no Direto do Campo...).
Foi aí que a prova viva de que nem sempre a fome é o melhor tempero se manifestou. Estávamos pagando pouco mais de R$ 70 para comer um camarão com mingau de moranga. O creme estava ralo, sem sabor e empelotado, com sinais fortíssimos de ter sido engrossado com maisena. Me senti triste e roubado, e a contra gosto comemos sem reclamar na hora, cientes de que estávamos sendo enganados.
A conta foi na casa dos três dígitos, o atendimento foi bom enquanto durou e quem salvou meu dia foi a lula a dorê, o Schornstein gelado, o visual e a companhia do meu bom amigo. A prova viva de que outras máximas podem ser usadas sem medo. Bonitinho, mas ordinário, por exemplo.
Preço: $$$$
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
De tudo um pouco
Olá, pessoas. Sei que ando deixando esse blog às traças e nenhuma desculpa é boa o suficiente pra justificar. Estou há dias pensando em um bom post e sempre dá aquele desanimada básica. Assistir Julie & Julia ontem foi uma boa maneira de dar uma revigorada e finalmente se dispor a começar os trabalhos do ano por aqui. Pra quem ainda não viu, recomendo. Filmes com Meryl Streep são quase tão infalíveis quanto Nutella no pão de trigo.
Não é o melhor filme do mundo, mas juro que eu chorei e me identifiquei com umas partes, tipo quando a Julia fala “Recebi 12 comentários e não conhecia nenhuma pessoa!” Ok, ainda não recebi 12 comentários de pessoas desconhecidas em um mesmo post, mas lembro que fiquei bem feliz quando vi a primeira cara nova por aqui. Se eu fosse a diretora, teria explorado mais visualmente a questão da comida, que é sempre um bom apelo, mas como sou apenas uma simples blogueira, vamos ao post do dia. Boa leitura, e como diria Julia Child, Bon Appétit!
Pensei e pensei no que escrever e resolvi criar um “De tudo um pouco” sobre as últimas coisas que vi (e comi) por aí, já que não fiz nenhuma saída especial para o blog, munida de máquina fotográfica e bloquinho. Aqui vão as alegrias e decepções desse comecinho de 2010:
Yaah
Sushi é uma coisa engraçada. Não é a minha comida favorita (embora eu adore), mas quando bate aquela vontade, sou obrigada a comer, senão parece que vou parir um Filadélfia. Bom, eu e toda a minha vontade rumamos para a Yaah em busca da invenção dos deuses: o temaki Smoked Salmon (salmão defumado, salmão cru, cream cheese, tabasco e raspas de limão siciliano. O limão eu sempre dispenso, forte demais pra competir com o resto). Qual não foi a minha surpresa quando recebi um cardápio todo bonitão, agora com opções de entrada, outras bebidas e...pasmem, sem o meu Smoked. Reformularam o cardápio e sacaram meu temaki de lá. É como se a Pizza Hut tirasse o Cheesy Pop ou o Bob´s desencanasse de vender Ovomaltine. Dramas a parte, o cara me disse que não era muito procurado, mas eles se comprometeram a fazer um igualzinho pra mim, aliviando minha condição de órfã. Só não precisavam ter demorado mais de 20 minutos pra isso.
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Gaivotas do Sambaqui
Sabe aqueles restaurantes lá pro fim do Sambaqui, mais simplesinhos, com vários cartazes com promoção na frente e tudo mais? Atraídos por um desses, eu e o Geison entramos pra conferir a moqueca de peixe anunciada do lado de fora. Desviando a cabeça de uma árvore gigante que eles preservaram no meio do restaurante, fomos prontamente atendidos pelo garçom mui simpático e escolhemos sentar lá na praia, nas mesinhas de plástico, com toda a vista que Sambaqui oferece à frente. Pra abrir o apetite, uma dúzia de ostras ao bafo (R$ 8,90), muito maiores e mais saborosas que as que eu tinha comido na mesma semana no Freguesia, porque, segundo o garçom, vêm do sul da ilha. No fim das contas, mudamos de ideia sobre a moqueca e pedimos uma seqüência de camarão muito justa e farta, por módicos R$ 29,90. Uma delícia, podem conferir.
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Bianco Lounge
Sempre achei o Bianco um lugar meio imponente, daqueles que dá medo de entrar, mas muito por acaso eis que resolvemos, eu e o Sandro, conferir o rodízio de comida italiana que eles servem no almoço. Com certeza não é o mesmo nível das opções a La carte, mas os pratos não fazem feio. Pra começar, uma saladinha básica de alface, beterraba e cenoura, além de pãezinhos com patê de presunto defumado muito saboroso. Mini pizza de queijo muito da gostosa; espaguete ao sugo com o macarrão passado do ponto de cozimento; farfalle de mignon (delícia, pedimos bis!); batata recheada com parmesão que eu provei e tava meia boca e batata recheada com funghi, que o Sandro curtiu de leve; e o melhor do dia: risoto com presunto e alho-poró. Sabe quanto? R$ 17 por cabeça + o preço da Coca e 10%. No fim das contas, saiu R$ 23,20 pra cada, mais que justo.
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Bom, no próximo post voltamos com a programação normal, se eu não derreter nesse calor desumano que faz por aqui. À bientôt!
Não é o melhor filme do mundo, mas juro que eu chorei e me identifiquei com umas partes, tipo quando a Julia fala “Recebi 12 comentários e não conhecia nenhuma pessoa!” Ok, ainda não recebi 12 comentários de pessoas desconhecidas em um mesmo post, mas lembro que fiquei bem feliz quando vi a primeira cara nova por aqui. Se eu fosse a diretora, teria explorado mais visualmente a questão da comida, que é sempre um bom apelo, mas como sou apenas uma simples blogueira, vamos ao post do dia. Boa leitura, e como diria Julia Child, Bon Appétit!
Pensei e pensei no que escrever e resolvi criar um “De tudo um pouco” sobre as últimas coisas que vi (e comi) por aí, já que não fiz nenhuma saída especial para o blog, munida de máquina fotográfica e bloquinho. Aqui vão as alegrias e decepções desse comecinho de 2010:
Yaah
Sushi é uma coisa engraçada. Não é a minha comida favorita (embora eu adore), mas quando bate aquela vontade, sou obrigada a comer, senão parece que vou parir um Filadélfia. Bom, eu e toda a minha vontade rumamos para a Yaah em busca da invenção dos deuses: o temaki Smoked Salmon (salmão defumado, salmão cru, cream cheese, tabasco e raspas de limão siciliano. O limão eu sempre dispenso, forte demais pra competir com o resto). Qual não foi a minha surpresa quando recebi um cardápio todo bonitão, agora com opções de entrada, outras bebidas e...pasmem, sem o meu Smoked. Reformularam o cardápio e sacaram meu temaki de lá. É como se a Pizza Hut tirasse o Cheesy Pop ou o Bob´s desencanasse de vender Ovomaltine. Dramas a parte, o cara me disse que não era muito procurado, mas eles se comprometeram a fazer um igualzinho pra mim, aliviando minha condição de órfã. Só não precisavam ter demorado mais de 20 minutos pra isso.
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Gaivotas do Sambaqui
Sabe aqueles restaurantes lá pro fim do Sambaqui, mais simplesinhos, com vários cartazes com promoção na frente e tudo mais? Atraídos por um desses, eu e o Geison entramos pra conferir a moqueca de peixe anunciada do lado de fora. Desviando a cabeça de uma árvore gigante que eles preservaram no meio do restaurante, fomos prontamente atendidos pelo garçom mui simpático e escolhemos sentar lá na praia, nas mesinhas de plástico, com toda a vista que Sambaqui oferece à frente. Pra abrir o apetite, uma dúzia de ostras ao bafo (R$ 8,90), muito maiores e mais saborosas que as que eu tinha comido na mesma semana no Freguesia, porque, segundo o garçom, vêm do sul da ilha. No fim das contas, mudamos de ideia sobre a moqueca e pedimos uma seqüência de camarão muito justa e farta, por módicos R$ 29,90. Uma delícia, podem conferir.
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Bianco Lounge
Sempre achei o Bianco um lugar meio imponente, daqueles que dá medo de entrar, mas muito por acaso eis que resolvemos, eu e o Sandro, conferir o rodízio de comida italiana que eles servem no almoço. Com certeza não é o mesmo nível das opções a La carte, mas os pratos não fazem feio. Pra começar, uma saladinha básica de alface, beterraba e cenoura, além de pãezinhos com patê de presunto defumado muito saboroso. Mini pizza de queijo muito da gostosa; espaguete ao sugo com o macarrão passado do ponto de cozimento; farfalle de mignon (delícia, pedimos bis!); batata recheada com parmesão que eu provei e tava meia boca e batata recheada com funghi, que o Sandro curtiu de leve; e o melhor do dia: risoto com presunto e alho-poró. Sabe quanto? R$ 17 por cabeça + o preço da Coca e 10%. No fim das contas, saiu R$ 23,20 pra cada, mais que justo.
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Bom, no próximo post voltamos com a programação normal, se eu não derreter nesse calor desumano que faz por aqui. À bientôt!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
As delícias do Café Riso
Nada como iniciar o ano em grande estilo. O almoço foi no ano passado, mas o post ficou pra 2010, e aqui vamos nós de Café Riso & Etc. Acho que todo mundo que é de Floripa já ouviu falar de lá, ainda mais depois da super campanha de divulgação que eles andam fazendo pelos outdoors da cidade, com a inauguração do Café Riso Plage, em Jurerê Internacional. Bom, eu fui no Riso da Bocaiúva e posso adiantar que valeu o investimento.
Algumas pessoas acham justo pagar R$ 1 mil em uma bolsa, outras não se importam em torrar R$ 300 em uma camiseta. Eu prefiro investir R$ 50 em um almoço executivo no Riso e todos vivem felizes com as coisas que lhes fazem bem. As ótimas companhias do dia eram o Fábio, um apaixonado por comida, a Bia e o Thiago. Aproveitando o horário de almoço de mortais trabalhadores que nos cabe, deixamos o carro no amplo estacionamento que fica em frente e entramos pelo caminho estreito que leva ao restaurante.
Quem olha de fora pode até se enganar e achar que o salão é pequeno, mas o espaço surpreende. Do lado de fora, um sofá e cadeiras, pra quem quiser aproveitar o espaço de confeitaria que eles oferecem na entrada. Continuando pelo corredor, descobrimos um salão, que somado ao espaço da confeitaria, comporta até 86 pessoas. Tem também um espaço para eventos na sobreloja, mas esse eu deixei pra próxima incursão. A decoração é linda, tudo muito sofisticado e espaçoso. A única ressalva que eu faço, que é um comentário personalíssimo, é sobre a mania de colocar o Luciano Martins em tudo quanto é canto de Florianópolis. Luciano Martins está pra Floripa, quase como o Juarez Machado está pra Joinville.
Divulgação - Salão com cozinha aberta ao fundo
Ficamos em uma mesa próxima ao caixa, que o Fábio tinha reservado previamente, ouvindo um DVD do Caetano que tocava bem baixinho – como tem que ser – e um pouco longe da “cozinha show”, onde os clientes podem acompanhar a preparação dos pratos.
Divulgação
Eles se definem, no perfil do orkut, como um espaço gastronômico que agrega especialidades da cozinha internacional, que mistura ingredientes locais com técnicas italianas e francesas. Atendidos pelos profissionalíssimos garçons, partimos para a escolha. Eu, pra variar, já tinha consultado as opções do cardápio no site, que disponibiliza também o valor dos pratos. Mas lá não se encontravam as opções de prato executivo, que acabou sendo a minha escolha.
Funciona assim: a cada dia eles oferecem três opções de entrada e três de prato principal. Você paga por um dos combos (acho que eles jamais usariam essa palavra) “Entrada + Principal” (R$ 39) ou “Principal + Sobremesa” (R$ 39) ou ainda “Entrada + Principal + Sobremesa” (R$ 45), essa última, uma surpresa do chef. Longe de desconfiar do Vitor Gomes, o conceituado e premiadíssimo chef (naquela semana tinha sido reeleito o melhor de Floripa pela Veja, e o Café faturado o prêmio de melhor cozinha variada), resolvi deixar a sobremesa de lado e investir no primeiro combinado. Criativos que somos, pedimos todos as mesmas entradas e pratos, e o Fábio optou pelo combo master, com direito a sobremesa.
Enquanto a equipe de jovens cozinheiros trabalhava nos nossos pedidos, chegou o couvert: pãozinho delicioso quente, com diversos acompanhamentos que levavam tomate seco, atum, manteiga composta, alho. Um bom prenúncio do que estava por vir.
Eis que chega a entrada: balatine de salmão marinado, com creme cheese e alga, molho tarê e brotos. Na foto vocês tem uma idéia melhor. Lembra um sushi e tem um gosto incrível, fresquíssimo.
Para o principal, não podia faltar a proteína nossa de cada dia: escalope de mignon guarnecido por crepe de cogumelos e legumes ao molho de queijos. Pedi o filé ao ponto e realmente estava delicioso. Os legumes surpreendentes, com um gosto bem pronunciado, com cara de quem não ficou muito tempo no fogo pra não perder o sabor. De tudo, o que menos gostei foi o crepe, um pouco massudo demais, roubando o sabor dos cogumelos que recheavam. Um detalhe a ser ressaltado é a quantidade: o prato é muito bem servido, com três escalopes de filé, quase passei um trabalho pra dar conta.
Estava satisfeitíssima, mas ainda assim não podia deixar de dar uma beliscada na sobremesa surpresa do Fábio: sorbet de limão, em cima de uma camada de crocantes, acompanhado de ganache de chocolate branco com maçãs cozidas no vinho, um luxo só!
Mais que satisfeita, desembolsei sem pestanejar meus R$ 47, com a certeza de que, como dizia o filósofo, existem coisas que o dinheiro não compra, para todas as outras existe Mastercard (ou, no caso, Visa Electron).
Dicas:
Querem uma segunda opinião sobre o Riso? O pessoal do blog Destemperados também andou por lá, comeu outros pratos, tirou outras fotos e escreveu um post delicioso, confere lá: O Sofisticado Café Riso
Falando em coisas boas que andam fazendo por aí, vale a pena conferir a entrevista com o chef catalão Ferran Adriá, na última edição da revista Gosto, a melhor publicação sobre gastronomia no Brasil hoje em dia.
Outra dica: ganhei do meu irmão “Ervas, temperos e condimentos”, um livro supimpa sobre, ahn...ervas, temperos e condimentos, do Tom Stobart, organizado pela jornalista Rosa Nepomuceno. Vale como um guia de consultas e tem mais de 400 verbetes, em seis idiomas, com a explicação sobre cada um e tudo mais.
Existe alguém aí do outro lado? Então comenta!
Preço: $$$$$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
Serviço:
O Café Riso & Etc abre de segunda a sábado, das 9h à 1h.
(48) 3223-8753 / (48) 9943-5222
contato@caferisoetc.com.br
http://www.caferisoetc.com.br
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Algumas pessoas acham justo pagar R$ 1 mil em uma bolsa, outras não se importam em torrar R$ 300 em uma camiseta. Eu prefiro investir R$ 50 em um almoço executivo no Riso e todos vivem felizes com as coisas que lhes fazem bem. As ótimas companhias do dia eram o Fábio, um apaixonado por comida, a Bia e o Thiago. Aproveitando o horário de almoço de mortais trabalhadores que nos cabe, deixamos o carro no amplo estacionamento que fica em frente e entramos pelo caminho estreito que leva ao restaurante.
Quem olha de fora pode até se enganar e achar que o salão é pequeno, mas o espaço surpreende. Do lado de fora, um sofá e cadeiras, pra quem quiser aproveitar o espaço de confeitaria que eles oferecem na entrada. Continuando pelo corredor, descobrimos um salão, que somado ao espaço da confeitaria, comporta até 86 pessoas. Tem também um espaço para eventos na sobreloja, mas esse eu deixei pra próxima incursão. A decoração é linda, tudo muito sofisticado e espaçoso. A única ressalva que eu faço, que é um comentário personalíssimo, é sobre a mania de colocar o Luciano Martins em tudo quanto é canto de Florianópolis. Luciano Martins está pra Floripa, quase como o Juarez Machado está pra Joinville.
Divulgação - Salão com cozinha aberta ao fundo
Ficamos em uma mesa próxima ao caixa, que o Fábio tinha reservado previamente, ouvindo um DVD do Caetano que tocava bem baixinho – como tem que ser – e um pouco longe da “cozinha show”, onde os clientes podem acompanhar a preparação dos pratos.
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Eles se definem, no perfil do orkut, como um espaço gastronômico que agrega especialidades da cozinha internacional, que mistura ingredientes locais com técnicas italianas e francesas. Atendidos pelos profissionalíssimos garçons, partimos para a escolha. Eu, pra variar, já tinha consultado as opções do cardápio no site, que disponibiliza também o valor dos pratos. Mas lá não se encontravam as opções de prato executivo, que acabou sendo a minha escolha.
Funciona assim: a cada dia eles oferecem três opções de entrada e três de prato principal. Você paga por um dos combos (acho que eles jamais usariam essa palavra) “Entrada + Principal” (R$ 39) ou “Principal + Sobremesa” (R$ 39) ou ainda “Entrada + Principal + Sobremesa” (R$ 45), essa última, uma surpresa do chef. Longe de desconfiar do Vitor Gomes, o conceituado e premiadíssimo chef (naquela semana tinha sido reeleito o melhor de Floripa pela Veja, e o Café faturado o prêmio de melhor cozinha variada), resolvi deixar a sobremesa de lado e investir no primeiro combinado. Criativos que somos, pedimos todos as mesmas entradas e pratos, e o Fábio optou pelo combo master, com direito a sobremesa.
Enquanto a equipe de jovens cozinheiros trabalhava nos nossos pedidos, chegou o couvert: pãozinho delicioso quente, com diversos acompanhamentos que levavam tomate seco, atum, manteiga composta, alho. Um bom prenúncio do que estava por vir.
Eis que chega a entrada: balatine de salmão marinado, com creme cheese e alga, molho tarê e brotos. Na foto vocês tem uma idéia melhor. Lembra um sushi e tem um gosto incrível, fresquíssimo.
Para o principal, não podia faltar a proteína nossa de cada dia: escalope de mignon guarnecido por crepe de cogumelos e legumes ao molho de queijos. Pedi o filé ao ponto e realmente estava delicioso. Os legumes surpreendentes, com um gosto bem pronunciado, com cara de quem não ficou muito tempo no fogo pra não perder o sabor. De tudo, o que menos gostei foi o crepe, um pouco massudo demais, roubando o sabor dos cogumelos que recheavam. Um detalhe a ser ressaltado é a quantidade: o prato é muito bem servido, com três escalopes de filé, quase passei um trabalho pra dar conta.
Estava satisfeitíssima, mas ainda assim não podia deixar de dar uma beliscada na sobremesa surpresa do Fábio: sorbet de limão, em cima de uma camada de crocantes, acompanhado de ganache de chocolate branco com maçãs cozidas no vinho, um luxo só!
Mais que satisfeita, desembolsei sem pestanejar meus R$ 47, com a certeza de que, como dizia o filósofo, existem coisas que o dinheiro não compra, para todas as outras existe Mastercard (ou, no caso, Visa Electron).
Dicas:
Querem uma segunda opinião sobre o Riso? O pessoal do blog Destemperados também andou por lá, comeu outros pratos, tirou outras fotos e escreveu um post delicioso, confere lá: O Sofisticado Café Riso
Falando em coisas boas que andam fazendo por aí, vale a pena conferir a entrevista com o chef catalão Ferran Adriá, na última edição da revista Gosto, a melhor publicação sobre gastronomia no Brasil hoje em dia.
Outra dica: ganhei do meu irmão “Ervas, temperos e condimentos”, um livro supimpa sobre, ahn...ervas, temperos e condimentos, do Tom Stobart, organizado pela jornalista Rosa Nepomuceno. Vale como um guia de consultas e tem mais de 400 verbetes, em seis idiomas, com a explicação sobre cada um e tudo mais.
Existe alguém aí do outro lado? Então comenta!
Preço: $$$$$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
Serviço:
O Café Riso & Etc abre de segunda a sábado, das 9h à 1h.
(48) 3223-8753 / (48) 9943-5222
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Fim de tarde no Samurai Temaki
Que as temakerias invadiram Florianópolis não resta a menor dúvida. É uma alternativa fast-food aos sushis e acaba saindo mais em conta, levando em consideração o custo-benefício do salmão / atum / polvo / kani (ou seja o que for) por metro quadrado. Acabo sempre indo na Yaah, que tem uma promoção de almoço (cerca de R$ 20 por dois temakis + refri ou água), mas tem também a Temax, na mesma região próxima ao Beiramar Shopping, que não fica pra trás. O inconveniente de lá é a sensação de que você tem que comer e sair correndo, já que o lugar é apertadinho e tem aquelas mesas altas que sempre me dão aflição. Mas a Yaah e a Temax ficam para um próximo post, já que na semana passada resolvi variar e conferir a primeira filial do Samurai Temaki, que fica no Santa Mônica, no Centro Executivo Aldo Kuerten. A matriz fica na Lagoa.
Eu e a Cora, minha companheira inseparável de incursões gastro-orientais, decidimos esperar pela Ana do lado de fora, nas mesinhas de madeira com ombrelones (momento Aurélio do dia: guarda-sol de bar), super gostosas para uma tarde escaldante. Como calor pede cerveja e cerveja é desculpa pra matar o tempo, pedimos uma Stela Artois long neck (R$ 3,70 – mesmo valor da Bohemia long neck). Depois de muito papo e algumas Stelas, a Ana chegou e resolvemos fazer o pedido.
Fiquei muito em dúvida, porque o cardápio é bem variado. Mas como sei do que não gosto, por eliminação fiz uma semifinal entre quatro opções e acabei escolhendo dois: um Filadélfia Oriental (R$ 12), que vem com salmão, cream cheese, pepino japanês e togarashi (uma pimenta japonesa que eu achei bem suave) e um Panda(R$ 11), misto de atum, salmão, cream cheese e cebolinha. Com toda a criatividade que a vida deu a elas, a Cora e a Ana optaram pelos mesmos sabores, com a diferença que o meu primeiro eu pedi sem pepino.
Não demorou muito para o Filadélfia Oriental ser preparado pelos dois sushimen e chegar pelas mãos do moço muito simpático que nos atendeu e que eu acredito ser o dono da franquia. Posso garantir que eles são muito generosos e não poupam salmão que, vamos combinar, é o que interessa. A pimentinha deu um gosto bem bom e eu não achei forte. A Cora achou um pouco ardida, talvez tenha ido um pouco mais no dela. Gostei muito e recomendo. Só tenho que me cuidar pra não pedir sempre o mesmo sabor todas as vezes que eu for lá, que é o que eu sempre faço.
Divulgação
Em seguida, por recomendação do nosso amigo simpático, resolvemos aproveitar que os atuns ainda não foram extintos da face da Terra (a pesca ilegal promete acabar com eles bem logo) e investir no Panda. Ele garantiu que os atuns estavam super frescos e não foi propaganda enganosa. Gostei ainda mais do segundo, e só não parti para um terceiro porque já estava muito satisfeita e tinha cansado de fingir que eu era rica por um dia (tinha almoçado no Café Riso, o próximo post).
O atendimento foi muito bom e de quebra eu ainda ganhei um picolé Melona sabor melão, que é tudo mesmo que falam por aí, uma delícia e incomparável com o que chamam de picolé por aqui. Não paguei, mas garanto que quem provar, não vai se arrepender do investimento (R$ 4,50), muito mais barato que outros lugares, como a Yaah (R$ 6).
Como eu sou facilmente seduzida por programas de fidelidade, fiquei feliz de saber que por lá também tem o esquema do cartãozinho: a cada 12 temakis, você ganha um de brinde. Feliz da vida, muito satisfeita com a comida e o atendimento, desembolsei R$ 31,70 e encarei o próximo pit stop do dia no Santa Hora com as meninas. Mas isso é assunto para um outro post.
Preço: $$$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
O Samurai Temaki abre segunda, das 11h30 às 16h; de terça à sábado, das 11:30h à meia-noite e domingo das 18h à meia-noite.
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Eu e a Cora, minha companheira inseparável de incursões gastro-orientais, decidimos esperar pela Ana do lado de fora, nas mesinhas de madeira com ombrelones (momento Aurélio do dia: guarda-sol de bar), super gostosas para uma tarde escaldante. Como calor pede cerveja e cerveja é desculpa pra matar o tempo, pedimos uma Stela Artois long neck (R$ 3,70 – mesmo valor da Bohemia long neck). Depois de muito papo e algumas Stelas, a Ana chegou e resolvemos fazer o pedido.
Fiquei muito em dúvida, porque o cardápio é bem variado. Mas como sei do que não gosto, por eliminação fiz uma semifinal entre quatro opções e acabei escolhendo dois: um Filadélfia Oriental (R$ 12), que vem com salmão, cream cheese, pepino japanês e togarashi (uma pimenta japonesa que eu achei bem suave) e um Panda(R$ 11), misto de atum, salmão, cream cheese e cebolinha. Com toda a criatividade que a vida deu a elas, a Cora e a Ana optaram pelos mesmos sabores, com a diferença que o meu primeiro eu pedi sem pepino.
Não demorou muito para o Filadélfia Oriental ser preparado pelos dois sushimen e chegar pelas mãos do moço muito simpático que nos atendeu e que eu acredito ser o dono da franquia. Posso garantir que eles são muito generosos e não poupam salmão que, vamos combinar, é o que interessa. A pimentinha deu um gosto bem bom e eu não achei forte. A Cora achou um pouco ardida, talvez tenha ido um pouco mais no dela. Gostei muito e recomendo. Só tenho que me cuidar pra não pedir sempre o mesmo sabor todas as vezes que eu for lá, que é o que eu sempre faço.
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Em seguida, por recomendação do nosso amigo simpático, resolvemos aproveitar que os atuns ainda não foram extintos da face da Terra (a pesca ilegal promete acabar com eles bem logo) e investir no Panda. Ele garantiu que os atuns estavam super frescos e não foi propaganda enganosa. Gostei ainda mais do segundo, e só não parti para um terceiro porque já estava muito satisfeita e tinha cansado de fingir que eu era rica por um dia (tinha almoçado no Café Riso, o próximo post).
O atendimento foi muito bom e de quebra eu ainda ganhei um picolé Melona sabor melão, que é tudo mesmo que falam por aí, uma delícia e incomparável com o que chamam de picolé por aqui. Não paguei, mas garanto que quem provar, não vai se arrepender do investimento (R$ 4,50), muito mais barato que outros lugares, como a Yaah (R$ 6).
Como eu sou facilmente seduzida por programas de fidelidade, fiquei feliz de saber que por lá também tem o esquema do cartãozinho: a cada 12 temakis, você ganha um de brinde. Feliz da vida, muito satisfeita com a comida e o atendimento, desembolsei R$ 31,70 e encarei o próximo pit stop do dia no Santa Hora com as meninas. Mas isso é assunto para um outro post.
Preço: $$$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥
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O Samurai Temaki abre segunda, das 11h30 às 16h; de terça à sábado, das 11:30h à meia-noite e domingo das 18h à meia-noite.
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restaurante
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Ostras, Freguesia e Santo Antônio
Cá estou de volta, pra cumprir a promessa de falar sobre o Freguesia. Santo Antônio de Lisboa é dos lugares mais charmosos de Floripa e oferece um dos melhores roteiros gastronômicos da Ilha. Confesso que a praia está nos meus sonhos dourados de lugar pra se morar por aqui. Melhor ainda se isso incluir uma vista linda pra praia, com uma cervejinha de um lado e um prato de ostras do outro.
Divulgação
Enquanto não vou pra lá de mala e cuia, me contento em aproveitar uma noite deliciosa de primavera pra comer bem. Como todos tiveram a idéia de aproveitar a noite, eu e o Geison ficamos, a princípio, dentro do restaurante, enquanto esperávamos vagar um lugar do outro lado da rua, onde o pessoal instala as mesas e cadeiras de plástico e fica por ali, batendo um papo e comendo, entre o calçamento de paralelepípedo e o mar. Não demorou muito pra conseguirmos nosso lugar ao luar (tsc tsc). Tomando uma Original pra abrir o apetite, pedimos o prato do Bar em Bar: Ostras ao alho e óleo (R$ 17,50 a dúzia).
Depois de uns 15 minutos esperando e a fome aumentando, as ostras chegaram à mesa. Eles dizem que é uma dúzia, mas garanto que eram muitas mais. Vinham fora das conchas, imersas no alho e óleo, com um aroma que dava vontade de sair flutuando, igual nos quadrinhos. Devaneios à parte, hora de provar as ostras de um dos restaurantes mais movimentados de Santo Antônio. Se o cheiro já estava bom, o sabor conseguiu superar. Simplesmente deliciosas, com um gosto de alho na medida certa, sem se pronunciar demais. Dos pratos que fazem o cliente voltar ao restaurante e pedir mais. Aconselho que quem optar pelas ostras, mande descer também um acompanhamento. Ficamos só nelas, e pra matar a fome foi preciso pedir uma porção de isca de peixe espada, que estavam muito boas e sequinhas também. Nada daquela gordura escorrendo pelo guardanapo.
No fim da brincadeira, menos R$ 30 no bolso pra cada e a certeza que Santo Antônio ainda tem muito a render aqui por esse blog e fazer a alegria do paladar de muita gente.
Drops:
- de Santo Antônio devo um post sobre o Bar dos Açores, uma das grandes surpresas do ano pra mim. Virei fã, mas por enquanto só fui “não-profissionalmente” por lá.
- semana passada a Veja entregou as premiações do Veja Santa Catarina – Comer e Beber. Merece um post a parte. Estou pensando em fazer um tour baseado nos "melhores" e discutir isso aqui com vocês.
- falando em Veja, ontem conferi o Café Riso e etc, que ganhou na categoria Restaurante Variado e Chef do Ano, com o Vitor Gomes. Semana que vem tem post saindo do forno. À noite conferi a Samurai Temakeria do Santa Mônica, que também tá na fila.
- dívidas com vocês: devo uma visita ao Terra Brazilis, sugerida pelo Norberto; outra na Enoteca Osigo, sugerida pelo Orlando; devo mais alguma coisa pra alguém?
- não deixem o blog morrer. Pela primeira vez um post não recebeu nenhum comentário. Além do Google Analytics, que me ajuda a ver como isso aqui anda, os comentários são quase que a única fonte de feedback que eu tenho. Comentem!
Preço: $$$
Atendimento: ☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥♥
Não aceita cartão de crédito / débito
O Freguesia abre de quarta a segunda, das 11h às 23h30
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Divulgação
Enquanto não vou pra lá de mala e cuia, me contento em aproveitar uma noite deliciosa de primavera pra comer bem. Como todos tiveram a idéia de aproveitar a noite, eu e o Geison ficamos, a princípio, dentro do restaurante, enquanto esperávamos vagar um lugar do outro lado da rua, onde o pessoal instala as mesas e cadeiras de plástico e fica por ali, batendo um papo e comendo, entre o calçamento de paralelepípedo e o mar. Não demorou muito pra conseguirmos nosso lugar ao luar (tsc tsc). Tomando uma Original pra abrir o apetite, pedimos o prato do Bar em Bar: Ostras ao alho e óleo (R$ 17,50 a dúzia).
Depois de uns 15 minutos esperando e a fome aumentando, as ostras chegaram à mesa. Eles dizem que é uma dúzia, mas garanto que eram muitas mais. Vinham fora das conchas, imersas no alho e óleo, com um aroma que dava vontade de sair flutuando, igual nos quadrinhos. Devaneios à parte, hora de provar as ostras de um dos restaurantes mais movimentados de Santo Antônio. Se o cheiro já estava bom, o sabor conseguiu superar. Simplesmente deliciosas, com um gosto de alho na medida certa, sem se pronunciar demais. Dos pratos que fazem o cliente voltar ao restaurante e pedir mais. Aconselho que quem optar pelas ostras, mande descer também um acompanhamento. Ficamos só nelas, e pra matar a fome foi preciso pedir uma porção de isca de peixe espada, que estavam muito boas e sequinhas também. Nada daquela gordura escorrendo pelo guardanapo.
No fim da brincadeira, menos R$ 30 no bolso pra cada e a certeza que Santo Antônio ainda tem muito a render aqui por esse blog e fazer a alegria do paladar de muita gente.
Drops:
- de Santo Antônio devo um post sobre o Bar dos Açores, uma das grandes surpresas do ano pra mim. Virei fã, mas por enquanto só fui “não-profissionalmente” por lá.
- semana passada a Veja entregou as premiações do Veja Santa Catarina – Comer e Beber. Merece um post a parte. Estou pensando em fazer um tour baseado nos "melhores" e discutir isso aqui com vocês.
- falando em Veja, ontem conferi o Café Riso e etc, que ganhou na categoria Restaurante Variado e Chef do Ano, com o Vitor Gomes. Semana que vem tem post saindo do forno. À noite conferi a Samurai Temakeria do Santa Mônica, que também tá na fila.
- dívidas com vocês: devo uma visita ao Terra Brazilis, sugerida pelo Norberto; outra na Enoteca Osigo, sugerida pelo Orlando; devo mais alguma coisa pra alguém?
- não deixem o blog morrer. Pela primeira vez um post não recebeu nenhum comentário. Além do Google Analytics, que me ajuda a ver como isso aqui anda, os comentários são quase que a única fonte de feedback que eu tenho. Comentem!
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Atendimento: ☺☺☺☺
Momosidade (casal): ♥♥♥♥♥
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Uma Conversa Fiada em Coqueiros
Tinha escrito primeiro o prometido post do Freguesia, mas acabei esquecendo no PC de casa. Então aproveito pra falar sobre o Conversa Fiada, barzinho de Coqueiros, um dos que fizeram parte do já encerrado Bar em Bar 2009. Como o prato continua no cardápio e o bar continua funcionando, lá vamos nós falar sobre o que o continente pode oferecer e você ainda não sabe.
O conversa fiada fica na rua do San Jacques, uma das perpendiculares à avenida da orla. Já tinha ido lá uma vez e ficado com vontade de escrever sobre o lugar, que é uma fofura. Ele tem uma parte externa que eu considero subaproveitada: tem o espaço das mesas, o espaço coberto e um tipo de palco mais no fundo que, das duas vezes que fui, não estava sendo ocupado para nada. Aí tem a parte de dentro, com mesas e um buffet de sopas durante o inverno.
Divulgação
Da última vez, a diversão minha e do Geison foi ficar tentando adivinhar as caricaturas dos cantores e compositores que estampam os quadros da parte interna (depois de algumas cervejinhas). Mas dessa vez, resolvemos ficar do lado de fora, aproveitando a noite super agradável e observando o movimento. Como no Conversa Fiada não tem chopp, nos contentamos em validar mais uma fichinha do Amigos do Copo com uma Original e já pedir o prato da vez: Queijo de Coalho ao alho e óleo ou orégano, servido com pão fatiado e salada (R$ 14, para duas pessoas). Como o Fernando, o garçom que nos atendeu, era muito gente boa, pudemos pedir meio alho e óleo e meio orégano, pra poder provar e falar pra vocês qual era a do queijo coalho.
Eu imaginei que viesse em uns espetinhos ou seilá (acho que eu ainda estava na vibe Churrasquim). Mas o prato, que era muito do generoso, serviu bem duas pessoas e surpreendeu. Confesso que não tinha grandes expectativas, mas estava realmente muito bom, principalmente o de orégano (que também está no rol das invenções do mundo, junto com a farofa Yoki e o manjericão), com um azeite de oliva por cima. Dispensaria a salada, que não teve muita saída e acho que não combinou muito com o restante.
Pedimos a conta, que ficou só no preço do prato e na gorjeta merecida do Fernando, já que encaramos só uma Original. Resumindo a ópera, é um lugar a se conferir no continente, com um ambiente muito gostoso, preços justos e atendimento nota 10. E é bem propício para um clima momoso.
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Preço: $$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Ruído/Música: ♫♫
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
Aceita cartão de crédito / débito
P.S: no próximo post (que já está pronto e coloco no ar no fim de semana) falo sobre o deliciosíssimo Freguesia e relembro alguns dos meus débitos com vocês, de lugares que sugeriram e eu tenho que conferir. E muitas, muitas ideias pipocando...
O conversa fiada fica na rua do San Jacques, uma das perpendiculares à avenida da orla. Já tinha ido lá uma vez e ficado com vontade de escrever sobre o lugar, que é uma fofura. Ele tem uma parte externa que eu considero subaproveitada: tem o espaço das mesas, o espaço coberto e um tipo de palco mais no fundo que, das duas vezes que fui, não estava sendo ocupado para nada. Aí tem a parte de dentro, com mesas e um buffet de sopas durante o inverno.
Divulgação
Da última vez, a diversão minha e do Geison foi ficar tentando adivinhar as caricaturas dos cantores e compositores que estampam os quadros da parte interna (depois de algumas cervejinhas). Mas dessa vez, resolvemos ficar do lado de fora, aproveitando a noite super agradável e observando o movimento. Como no Conversa Fiada não tem chopp, nos contentamos em validar mais uma fichinha do Amigos do Copo com uma Original e já pedir o prato da vez: Queijo de Coalho ao alho e óleo ou orégano, servido com pão fatiado e salada (R$ 14, para duas pessoas). Como o Fernando, o garçom que nos atendeu, era muito gente boa, pudemos pedir meio alho e óleo e meio orégano, pra poder provar e falar pra vocês qual era a do queijo coalho.
Eu imaginei que viesse em uns espetinhos ou seilá (acho que eu ainda estava na vibe Churrasquim). Mas o prato, que era muito do generoso, serviu bem duas pessoas e surpreendeu. Confesso que não tinha grandes expectativas, mas estava realmente muito bom, principalmente o de orégano (que também está no rol das invenções do mundo, junto com a farofa Yoki e o manjericão), com um azeite de oliva por cima. Dispensaria a salada, que não teve muita saída e acho que não combinou muito com o restante.
Pedimos a conta, que ficou só no preço do prato e na gorjeta merecida do Fernando, já que encaramos só uma Original. Resumindo a ópera, é um lugar a se conferir no continente, com um ambiente muito gostoso, preços justos e atendimento nota 10. E é bem propício para um clima momoso.
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Preço: $$
Atendimento: ☺☺☺☺☺
Ruído/Música: ♫♫
Momosidade (casal): ♥♥♥♥
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P.S: no próximo post (que já está pronto e coloco no ar no fim de semana) falo sobre o deliciosíssimo Freguesia e relembro alguns dos meus débitos com vocês, de lugares que sugeriram e eu tenho que conferir. E muitas, muitas ideias pipocando...
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
Taikô no Bar em Bar
O segundo bar escolhido da maratona foi o Taikô do Iguatemi. Já estava com vontade de conferir desde quando abriu, há cerca de um mês, então juntei a fome e a vontade de comer (trocadilho infame) e fui conferir o tal mignon com gorgonzola.
Recém saída do trabalho, descabelada e de chinelo, não me intimidei em entrar no restaurante (que de bar não tem nada, como bem falou o Tony, em algum dos comentários). Logo na entrada, eu e a Cora fomos muito bem recebidas, e ficamos em uma das mesas do lado de fora, que é um aquário, e pode ter as janelas fechadas em caso de chuva ou de vento, como era o caso. Realmente a sobrinha da propaganda das Havaianas tinha razão, se eu posso usá-las no Taikô sem me sentir deslocada, acho que posso usá-las em qualquer lugar. Fora a brincadeira, apesar da imponência que a decoração impecável (um luxo, sem cair no brega) confere ao restaurante, o ambiente é muito aconchegante e o atendimento muito bom. Aliás, serviu para me questionar sobre certos lugares nos quais eu sou mal atendida e falo aqui, já que tinha lido um post em um blog do ClicRBS falando muito mal de lá. Com isso, decidi revisitar os lugares que eu falei "não muito bem", pra pelo menos tentar ser um pouco mais justa. A Cervejaria Original, por exemplo, vai entrar no meu roteiro do Bar em Bar.
Voltando ao Taikô, pedimos para o garçom trazer o prato do Bar em Bar e dois choppes. A surpresa da noite foi que eu tive que explicar pra ele do que se tratava o evento, qual era o prato e como funcionava a dinâmica do Amigos do Copo. Não sei se aqui a culpa é da Abrasel ou dos donos dos estabelecimentos, mas espera-se o mínimo de divulgação e valorização do evento, já que propõem a fazê-lo. O garçom, claro, não tem obrigação de adivinhar, mas é quem fica com cara de tacho na hora do atendimento.
Passado o contratempo, nos deliciamos com o Choppe Brahma enquanto o prato não chegava – curioso ser Chopp Brahma do lado do Chopp da Brahma, vocês não acham? Fiquei pensando se isso não é uma atitude meio suicida (ou homicida), já que os dois ficam um do ladinho do outro.
Bom, a “porção generosa”, segundo eles mesmos, chegou. E realmente não dá pra dizer que duas pessoas passam fome, é muito bem servida para os R$ 26 cobrados e pela delícia que é. Vamos combinar que mignon e gorgonzola não tem muita chance de dar errado. Como eu falei pra Cora, imaginei que a receita era bastante simples, e confirmei no dia seguinte, quando o caderno de Gastronomia do Diário Catarinense trouxe o prato e a receita estampados na matéria "Vai um petisco?", que falava sobre o evento. Abaixo vocês podem conferir e tentar reproduzir em casa, garanto que vale muito a pena.
Iscas de mignon com gorgonzola - matéria publicada no DC em 6/11/09
O pãozinho que acompanha também é muito gostoso, segundo eles, exclusivo da casa.
Depois do prato, alguns choppes mais e a conta: R$ 30 pra cada e a vontade de voltar pra conferir o camarão empanado com coco, sugestão do simpaticíssimo garçom, que na saída já trajava o avental do Bar em Bar e tinha sido devidamente instruído sobre o evento.
Próximo post: Bacalhau ao molho Imperial do Boteco da Ilha.
Preço: $$$
Atendimento: ☺☺☺☺
Ruído/Música: ♫♫♫♫♫ (não comentei no corpo do post, mas as músicas eram muito boas, bem chill out)
Momosidade (casal): ♥♥♥
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Recém saída do trabalho, descabelada e de chinelo, não me intimidei em entrar no restaurante (que de bar não tem nada, como bem falou o Tony, em algum dos comentários). Logo na entrada, eu e a Cora fomos muito bem recebidas, e ficamos em uma das mesas do lado de fora, que é um aquário, e pode ter as janelas fechadas em caso de chuva ou de vento, como era o caso. Realmente a sobrinha da propaganda das Havaianas tinha razão, se eu posso usá-las no Taikô sem me sentir deslocada, acho que posso usá-las em qualquer lugar. Fora a brincadeira, apesar da imponência que a decoração impecável (um luxo, sem cair no brega) confere ao restaurante, o ambiente é muito aconchegante e o atendimento muito bom. Aliás, serviu para me questionar sobre certos lugares nos quais eu sou mal atendida e falo aqui, já que tinha lido um post em um blog do ClicRBS falando muito mal de lá. Com isso, decidi revisitar os lugares que eu falei "não muito bem", pra pelo menos tentar ser um pouco mais justa. A Cervejaria Original, por exemplo, vai entrar no meu roteiro do Bar em Bar.
Voltando ao Taikô, pedimos para o garçom trazer o prato do Bar em Bar e dois choppes. A surpresa da noite foi que eu tive que explicar pra ele do que se tratava o evento, qual era o prato e como funcionava a dinâmica do Amigos do Copo. Não sei se aqui a culpa é da Abrasel ou dos donos dos estabelecimentos, mas espera-se o mínimo de divulgação e valorização do evento, já que propõem a fazê-lo. O garçom, claro, não tem obrigação de adivinhar, mas é quem fica com cara de tacho na hora do atendimento.
Passado o contratempo, nos deliciamos com o Choppe Brahma enquanto o prato não chegava – curioso ser Chopp Brahma do lado do Chopp da Brahma, vocês não acham? Fiquei pensando se isso não é uma atitude meio suicida (ou homicida), já que os dois ficam um do ladinho do outro.
Bom, a “porção generosa”, segundo eles mesmos, chegou. E realmente não dá pra dizer que duas pessoas passam fome, é muito bem servida para os R$ 26 cobrados e pela delícia que é. Vamos combinar que mignon e gorgonzola não tem muita chance de dar errado. Como eu falei pra Cora, imaginei que a receita era bastante simples, e confirmei no dia seguinte, quando o caderno de Gastronomia do Diário Catarinense trouxe o prato e a receita estampados na matéria "Vai um petisco?", que falava sobre o evento. Abaixo vocês podem conferir e tentar reproduzir em casa, garanto que vale muito a pena.
Iscas de mignon com gorgonzola - matéria publicada no DC em 6/11/09
O pãozinho que acompanha também é muito gostoso, segundo eles, exclusivo da casa.
Depois do prato, alguns choppes mais e a conta: R$ 30 pra cada e a vontade de voltar pra conferir o camarão empanado com coco, sugestão do simpaticíssimo garçom, que na saída já trajava o avental do Bar em Bar e tinha sido devidamente instruído sobre o evento.
Próximo post: Bacalhau ao molho Imperial do Boteco da Ilha.
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Depende do Ponto de Vista
Se existe alguma coisa que ainda me convence a ficar mais um pouco em Florianópolis é a possibilidade de enxergar cartões postais pela janela de casa, do ônibus, do trabalho, ou melhor, de um restaurante. Juro que eu não vou fazer mais trocadilhos infames com o Ponto de Vista, como o do título. Apesar de ser de noite, nada tira o charme da Lagoa da Conceição, principalmente quando se está bem acompanhado e com uma música excelente de fundo.
A música é o gancho pro primeiro conselho da noite: se esse post fizer você ficar com vontade de conferir o Ponto de Vista, faça isso em uma quarta-feira, dia em que a Rosa Martha canta e o Marcos Parucker toca no teclado lindas músicas francesas. Vale muito a pena. Tanto que eu desconfio que o movimento da noite, em grande parte (sem desmerecer o restante), era por conta dos dois, que arrancavam aplausos das mesas.
Quem é de Floripa já deve ter passado alguma vez nesse mirante, que fica logo depois da Galheta, em direção à Barra, à esquerda. Além do restaurante, funcionam ali também umas lojinhas de artesanato e roupas durante o dia. Mas o objetivo era mesmo comer, então deixamos o carro no amplo estacionamento que tem ali, sob a vigília de um funcionário e rumamos pro restaurante. Apesar da chuva, estava cheio, como eu disse antes, mas não a ponto de incomodar. Pegamos uma mesa na janela, com um bom ponto de vista (ok,não resisti...), ao som da linda voz da Rosa Martha. A luz muito baixa me incomoda um pouco, mas o Geison gostou, então talvez seja rabugentice minha.
Salão interno
Eu, como sempre, já tinha dado uma consultada no site e estava a par do cardápio e também dos preços, que eles disponibilizam (!). Pra iniciar os trabalhos, pedi um coquetel Vista da Lagoa (R$ 8), que levava Martini Bianco, Cointreau, pêssego e laranja e o Geison foi de Chopp Weisenbier da Eisenbahn (R$ 4,80 / 300ml). O coquetel era saboroso, começando com o gostinho da laranja e o pêssego se pronunciando só no finzinho, mas pra mim estava muito doce e eu acabei enjoando antes da metade.
Pra entrada, resolvemos pedir bolinhos de salmão com gengibre (essa opção não tem no cardápio online), que saiu R$ 12 por seis unidades. A expectativa foi maior que o sabor. Pra fazer a massa do bolinho frito o salmão teve que ser processado (não sei se é exatemente esse o termo) e o sabor se perdeu no meio. O gengibre então, só vi sinal na última mordida. É claro que ele não podia roubar a cena, mas você espera sentir um gostinho de gengibre num bolinho de salmão com...gengibre.
Coquetel Vista da Lagoa e bolinho de salmão com gengibre (pelo menos teoricamente)
A fome não era muita depois dos bolinhos, então chamamos o garçom (atendimento regular, não se pode reclamar nem elogiar) para pedir pra dividir uma porção individual de Congro Rosa com Camarão e Champignon (R$ 49,50). O filé era recheado com molho de manteiga, champingnon, camarão e vinho Chardonnay, e acompanhavam arroz e batata sautée. O molho estava excelente, com os camarões puxados na manteiga, no ponto certo, nem emborrachados, nem crus, acompanhados de uma das melhores invenções do Reino Fungi: o champignon.
Congro Rosa (escondido) com Camarão e Champignon
Achei que o peixe ficou um pouco apagado no meio de tantos sabores, mas quero acreditar que foi intencional. O meu critério aqui é parecido com o que pensa o chef Mario Batali, do italiano Babbo, de NY: se o prato principal é a massa (no caso, o congro), não deixe que ela perca espaço pro molho, afinal ela é a grande estrela. Li isso no excelente livro “Calor”, do jornalista e crítico Bill Buford, uma leitura gostosíssima sobre a incursão dele no universo da comida italiana, que eu recomendo muito.
Deixando o devaneio italiano pra lá, mas ali do ladinho da França, pelo menos no repertório musical, nos despedimos do Ponto de Vista, satisfeitos com a apresentação, mas achando o preço um pouco mais salgado que o congro.
*a foto do salão foi kibada do site e as dos pratos feitas pelo Geison Werner
Preço: $$$$
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A música é o gancho pro primeiro conselho da noite: se esse post fizer você ficar com vontade de conferir o Ponto de Vista, faça isso em uma quarta-feira, dia em que a Rosa Martha canta e o Marcos Parucker toca no teclado lindas músicas francesas. Vale muito a pena. Tanto que eu desconfio que o movimento da noite, em grande parte (sem desmerecer o restante), era por conta dos dois, que arrancavam aplausos das mesas.
Quem é de Floripa já deve ter passado alguma vez nesse mirante, que fica logo depois da Galheta, em direção à Barra, à esquerda. Além do restaurante, funcionam ali também umas lojinhas de artesanato e roupas durante o dia. Mas o objetivo era mesmo comer, então deixamos o carro no amplo estacionamento que tem ali, sob a vigília de um funcionário e rumamos pro restaurante. Apesar da chuva, estava cheio, como eu disse antes, mas não a ponto de incomodar. Pegamos uma mesa na janela, com um bom ponto de vista (ok,não resisti...), ao som da linda voz da Rosa Martha. A luz muito baixa me incomoda um pouco, mas o Geison gostou, então talvez seja rabugentice minha.
Salão interno
Eu, como sempre, já tinha dado uma consultada no site e estava a par do cardápio e também dos preços, que eles disponibilizam (!). Pra iniciar os trabalhos, pedi um coquetel Vista da Lagoa (R$ 8), que levava Martini Bianco, Cointreau, pêssego e laranja e o Geison foi de Chopp Weisenbier da Eisenbahn (R$ 4,80 / 300ml). O coquetel era saboroso, começando com o gostinho da laranja e o pêssego se pronunciando só no finzinho, mas pra mim estava muito doce e eu acabei enjoando antes da metade.
Pra entrada, resolvemos pedir bolinhos de salmão com gengibre (essa opção não tem no cardápio online), que saiu R$ 12 por seis unidades. A expectativa foi maior que o sabor. Pra fazer a massa do bolinho frito o salmão teve que ser processado (não sei se é exatemente esse o termo) e o sabor se perdeu no meio. O gengibre então, só vi sinal na última mordida. É claro que ele não podia roubar a cena, mas você espera sentir um gostinho de gengibre num bolinho de salmão com...gengibre.
Coquetel Vista da Lagoa e bolinho de salmão com gengibre (pelo menos teoricamente)
A fome não era muita depois dos bolinhos, então chamamos o garçom (atendimento regular, não se pode reclamar nem elogiar) para pedir pra dividir uma porção individual de Congro Rosa com Camarão e Champignon (R$ 49,50). O filé era recheado com molho de manteiga, champingnon, camarão e vinho Chardonnay, e acompanhavam arroz e batata sautée. O molho estava excelente, com os camarões puxados na manteiga, no ponto certo, nem emborrachados, nem crus, acompanhados de uma das melhores invenções do Reino Fungi: o champignon.
Congro Rosa (escondido) com Camarão e Champignon
Achei que o peixe ficou um pouco apagado no meio de tantos sabores, mas quero acreditar que foi intencional. O meu critério aqui é parecido com o que pensa o chef Mario Batali, do italiano Babbo, de NY: se o prato principal é a massa (no caso, o congro), não deixe que ela perca espaço pro molho, afinal ela é a grande estrela. Li isso no excelente livro “Calor”, do jornalista e crítico Bill Buford, uma leitura gostosíssima sobre a incursão dele no universo da comida italiana, que eu recomendo muito.
Deixando o devaneio italiano pra lá, mas ali do ladinho da França, pelo menos no repertório musical, nos despedimos do Ponto de Vista, satisfeitos com a apresentação, mas achando o preço um pouco mais salgado que o congro.
*a foto do salão foi kibada do site e as dos pratos feitas pelo Geison Werner
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Festival no Sushi Roots
Não, ainda não desisti do blog, estava apenas apanhando pros prometidos ícones. O placar por enquanto é 10 x 0 pra eles, então vou postar os provisórios aqui, só pra não furar a promessa. Obrigada pra quem comentou, elogiou, criticou, aqui pelo blog e por outros meios, e também pra quem deu boas sugestões pra melhorar. E por falar em críticas, vou atender alguém (não lembro quem), que esses dias soltou um “mas você não vai falar de nenhum sushi?”. Aí vai, com a ressalva de que, apesar de adorar, não sou nenhuma especialista. Aliás, diz o Luiz Américo (o mesmo que falei no último post) que só por aqui as pessoas se metem a falar de todas as cozinhas. Nos EUA, por exemplo, há especialistas em cozinha mexicana, japonesa, chinesa...bom, enquanto eu não decido por nenhuma, dou pitaco em todas. Lá vai!
O lugar da vez se chama Sushi Roots. Ao contrário das expectativas criadas pelo nome, nada de sushiman com dreadlocks ou cannabis em vez de algas nori. A noite era de comemoração, aniversário da Corinha, que de antemão já me passou o site do restaurante, pra eu me inteirar do lugar, da comida, da localização. Sim, da localização. O conselho é: compre um GPS antes de se aventurar a procurar o Sushi Roots numa noite deserta de inverno na Barra da Lagoa – ou, simplesmente, vá com alguém com um senso de localização mais apurado que o meu. E peça ajuda ao Google Maps (ta aí embaixo).
Depois de dar a volta à ilha a procura do restaurante e encontrar as meninas nos esperando, veio a segunda lição do dia. Nada de chegar às 21h da noite e querer sentar, o negócio é chegar cedo, porque o lugar é bem pequeno e lota, principalmente nos dias do festival do sushi, às segundas e quintas. Aquela era uma quinta-feira, ou em outras palavras: morra comendo por R$ 32 se você for mulher, ou por R$ 42 se não tiver nascido com a mesma sorte. Ok, também acho uma desproporção a diferença de preços, mas juro que eu não reclamei.
Antes do combate, eu e o Geison resolvemos apostar de cara na sakerinha de morango (R$ 8), que estava deliciosa, suave, doce no ponto, geladinha. Pra abrir o apetite, emendamos numa longneck de Heineken (R$ 4,50), antes de partir pro abraço. Eles distribuem comandas com todas as opções de uramakis, temakis, hots, sashimis, nigiris (esqueci alguma coisa?), a pessoa escolhe o quê e quanto quer e espera essa bandeja colorida e apetitosa pousar na mesa. Se a pessoa, no caso, for eu, afoga no shoyu, se atrapalha com os hashis, e manda ver.
Dia de festival
Os sushimen
O que interessa
*Obs: fotos do site
Resumo da ópera: para uma leiga como eu, estava ótimo, com base principalmente na comparação com os outros sushis aqui de Floripa. O custo / benefício é um dos melhores também comparativamente, se a ideia for se acabar comendo. De quebra, se o programa for de dia, dá pra aproveitar a vista linda da Lagoa. O lugar fica junto de uma marina, então dá pra ir até o deck e, no verão, arriscar pegar uma micose molhando os pezinhos. O atendimento também não decepcionou, foi até bastante eficiente, já que a casa estava cheia.
Enfim, se tiver um GPS, chegar cedo, se dispuser a comer muito e desembolsar cerca de 40 mangos, esse é o lugar.
Vai aí então o sistema de ícones versão meia-boca, por enquanto, chupinhado da ideia do Duda, usando uma escala de zero a cinco:
Preço: $$$
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O lugar da vez se chama Sushi Roots. Ao contrário das expectativas criadas pelo nome, nada de sushiman com dreadlocks ou cannabis em vez de algas nori. A noite era de comemoração, aniversário da Corinha, que de antemão já me passou o site do restaurante, pra eu me inteirar do lugar, da comida, da localização. Sim, da localização. O conselho é: compre um GPS antes de se aventurar a procurar o Sushi Roots numa noite deserta de inverno na Barra da Lagoa – ou, simplesmente, vá com alguém com um senso de localização mais apurado que o meu. E peça ajuda ao Google Maps (ta aí embaixo).
Depois de dar a volta à ilha a procura do restaurante e encontrar as meninas nos esperando, veio a segunda lição do dia. Nada de chegar às 21h da noite e querer sentar, o negócio é chegar cedo, porque o lugar é bem pequeno e lota, principalmente nos dias do festival do sushi, às segundas e quintas. Aquela era uma quinta-feira, ou em outras palavras: morra comendo por R$ 32 se você for mulher, ou por R$ 42 se não tiver nascido com a mesma sorte. Ok, também acho uma desproporção a diferença de preços, mas juro que eu não reclamei.
Antes do combate, eu e o Geison resolvemos apostar de cara na sakerinha de morango (R$ 8), que estava deliciosa, suave, doce no ponto, geladinha. Pra abrir o apetite, emendamos numa longneck de Heineken (R$ 4,50), antes de partir pro abraço. Eles distribuem comandas com todas as opções de uramakis, temakis, hots, sashimis, nigiris (esqueci alguma coisa?), a pessoa escolhe o quê e quanto quer e espera essa bandeja colorida e apetitosa pousar na mesa. Se a pessoa, no caso, for eu, afoga no shoyu, se atrapalha com os hashis, e manda ver.
Dia de festival
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O que interessa
*Obs: fotos do site
Resumo da ópera: para uma leiga como eu, estava ótimo, com base principalmente na comparação com os outros sushis aqui de Floripa. O custo / benefício é um dos melhores também comparativamente, se a ideia for se acabar comendo. De quebra, se o programa for de dia, dá pra aproveitar a vista linda da Lagoa. O lugar fica junto de uma marina, então dá pra ir até o deck e, no verão, arriscar pegar uma micose molhando os pezinhos. O atendimento também não decepcionou, foi até bastante eficiente, já que a casa estava cheia.
Enfim, se tiver um GPS, chegar cedo, se dispuser a comer muito e desembolsar cerca de 40 mangos, esse é o lugar.
Vai aí então o sistema de ícones versão meia-boca, por enquanto, chupinhado da ideia do Duda, usando uma escala de zero a cinco:
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009
O Café del Sur e o custo - benefício
Café Del Sur foi o lugar escolhido pelas meninas para mais uma noite de orgia gastronômica / alcoólica. Já tinha passado em frente algumas vezes, e até tomado um suquinho de kino no Kamu Kamu, que fica no mesmo prédio, no começo do Córrego Grande. Mas o suco de kino é outra história, a glutonice de hoje fica por conta do rodízio de massas que fomos encarar na noite fria e chuvosa de ontem.
O que pesou na decisão, pelo menos pra mim, foi o custo-benefício do Café del Sur. A promessa era a de comer massa até dizer chega, por 12 reais. Lá fomos as quatro, eu, Talita, Priscila e Solange, conhecer esse pequeninho e aconchegante café / restaurante / bar. A casa traz no cardápio algumas especialidades portenhas, entre bebidas e comidas, acompanhadas (com um volume que podia ser menos alto) por um baixista que manda muito bem num repertório em que predomina jazz, mas que me ganhou quando tocou “Incompatibilidade de Gênios”, do João Bosco e do Aldir Blanc.
Voltando à mesa, como quem venceu na noite foi o bolso, a opção foi mesmo o rodízio. Funciona assim: recebemos várias comandas, com quatro tipos de massa (espaguete, talharim, penne e rigatone) para combinar com uma – ou até duas, pra quem arriscar misturar – das opções de molho (sugo, bolonhesa, amatriciana, pesto genovês, fungi secchi, quatro queijos, gorgonzola com castanha e carbonara). Vou falar aqui das minhas opções, que foram as que eu provei e é o que a memória permite lembrar depois de uma garrafa de Salton Classic Merlot (R$ 22) e outra de Callia (fico devendo a uva), segundo a atenciosa atendente “infinitamente melhor”, e pela qual pagamos os mesmos R$ 22, já que o Salton tinha acabado e ela abateu a diferença.
Pedidos feitos, passaram-se uns dez minutos até a chegada do meu talharim à carbonara, a melhor das três opções que eu fiz na noite. O molho estava com o tempero correto, o sal na medida, e o conjunto só pecou no que pra mim foi geral nos três pratos provados, (um aspecto que eu já falei aqui em outros posts, de outros lugares): tempo demais na panela. Fora isso, achei o prato bem equilibrado, sem carregar no sal, geralmente um problema nas preparações que levam bacon.
Enquanto eu me deliciava com o macarrão, com o vinho e com o papo, já era hora de fazer o próximo pedido, pro cozinheiro não perder o pique. A opção foi pelo penne ao pesto genovês (manjericão, azeite, queijo, alho e castanha), que também estava muito bom. A Talita reclamou que no dela, que ela pediu misturado com quatro queijos, não veio a castanha, que pra mim é o que faz toda a diferença e dá um sabor e crocância especiais. Talvez não tenha vindo porque ela pediu os molhos combinados.
Já partindo pra gula e pra outra garrafa, decidimos ir para o terceiro round. Dessa vez foi o simpaticíssimo cozinheiro que veio anotar os pedidos pessoalmente. Talita e eu optamos por dividir um espaguete de gorgonzola com castanha, porque era impossível comer um inteiro. Aliás, a dica é pedir meias porções sempre, pra ter a oportunidade de provar mais sabores, já que os pratos são bem generosos. Chegado o macarrão derradeiro, não sei se foi minha barriga já cheia, meu paladar alterado por tantos sabores ou o vinho fazendo efeito, não consegui sentir o gosto do gorgonzola. Mas registro aqui que provavelmente a culpa foi minha, e não do prato, já que a Talita (louca por gorgonzola) aprovou.
Alguns minutos pra digerir o exagero, sempre regado a goles de vinho, resolvemos encerrar a conta e a noite: R$ 31,30 pra cada, contabilizados o rodízio, as duas garrafas de vinho e uma de água mineral. Garantiram a segunda visita pelo excelente atendimento, pela boa comida, pela ótima música, combinação que resulta em um dos melhores custos-benefícios que vi por Floripa.
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O que pesou na decisão, pelo menos pra mim, foi o custo-benefício do Café del Sur. A promessa era a de comer massa até dizer chega, por 12 reais. Lá fomos as quatro, eu, Talita, Priscila e Solange, conhecer esse pequeninho e aconchegante café / restaurante / bar. A casa traz no cardápio algumas especialidades portenhas, entre bebidas e comidas, acompanhadas (com um volume que podia ser menos alto) por um baixista que manda muito bem num repertório em que predomina jazz, mas que me ganhou quando tocou “Incompatibilidade de Gênios”, do João Bosco e do Aldir Blanc.
Voltando à mesa, como quem venceu na noite foi o bolso, a opção foi mesmo o rodízio. Funciona assim: recebemos várias comandas, com quatro tipos de massa (espaguete, talharim, penne e rigatone) para combinar com uma – ou até duas, pra quem arriscar misturar – das opções de molho (sugo, bolonhesa, amatriciana, pesto genovês, fungi secchi, quatro queijos, gorgonzola com castanha e carbonara). Vou falar aqui das minhas opções, que foram as que eu provei e é o que a memória permite lembrar depois de uma garrafa de Salton Classic Merlot (R$ 22) e outra de Callia (fico devendo a uva), segundo a atenciosa atendente “infinitamente melhor”, e pela qual pagamos os mesmos R$ 22, já que o Salton tinha acabado e ela abateu a diferença.
Pedidos feitos, passaram-se uns dez minutos até a chegada do meu talharim à carbonara, a melhor das três opções que eu fiz na noite. O molho estava com o tempero correto, o sal na medida, e o conjunto só pecou no que pra mim foi geral nos três pratos provados, (um aspecto que eu já falei aqui em outros posts, de outros lugares): tempo demais na panela. Fora isso, achei o prato bem equilibrado, sem carregar no sal, geralmente um problema nas preparações que levam bacon.
Enquanto eu me deliciava com o macarrão, com o vinho e com o papo, já era hora de fazer o próximo pedido, pro cozinheiro não perder o pique. A opção foi pelo penne ao pesto genovês (manjericão, azeite, queijo, alho e castanha), que também estava muito bom. A Talita reclamou que no dela, que ela pediu misturado com quatro queijos, não veio a castanha, que pra mim é o que faz toda a diferença e dá um sabor e crocância especiais. Talvez não tenha vindo porque ela pediu os molhos combinados.
Já partindo pra gula e pra outra garrafa, decidimos ir para o terceiro round. Dessa vez foi o simpaticíssimo cozinheiro que veio anotar os pedidos pessoalmente. Talita e eu optamos por dividir um espaguete de gorgonzola com castanha, porque era impossível comer um inteiro. Aliás, a dica é pedir meias porções sempre, pra ter a oportunidade de provar mais sabores, já que os pratos são bem generosos. Chegado o macarrão derradeiro, não sei se foi minha barriga já cheia, meu paladar alterado por tantos sabores ou o vinho fazendo efeito, não consegui sentir o gosto do gorgonzola. Mas registro aqui que provavelmente a culpa foi minha, e não do prato, já que a Talita (louca por gorgonzola) aprovou.
Alguns minutos pra digerir o exagero, sempre regado a goles de vinho, resolvemos encerrar a conta e a noite: R$ 31,30 pra cada, contabilizados o rodízio, as duas garrafas de vinho e uma de água mineral. Garantiram a segunda visita pelo excelente atendimento, pela boa comida, pela ótima música, combinação que resulta em um dos melhores custos-benefícios que vi por Floripa.
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
O sabor do Cardamomo
Me perguntaram essa semana, num tom de implicância, por que eu sempre escrevo aqui sobre quem me acompanha aos lugares onde eu vou. O certo é que isso surgiu meio espontaneamente, mas tentei me justificar falando que esse espaço é mais que um amontoado de textos sobre comida. É um amontoado de textos sobre comida, sobre ambientes, sobre atendimento, sobre impressões e, inevitavelmente, sobre companhias. Talvez isso justifique um pouco, talvez o Ivan queira só me encher um pouco a paciência com críticas construtivas, mas o fato é que as minhas companhias da última aventura gastronômica foram boas demais para ignorá-las aqui.
A indicação do restaurante foi do Kojak, leitor do blog e o cara mais encantadoramente ranzinza que eu já conheci. Apostando que o bom gosto do meu amigo pra comida seria tão bom quanto o que tem pra músicas e filmes, chamei as meninas para conhecer o Cardamomo, um restaurante que, segundo o site (que precisa urgentemente ser melhorado), serve “pratos da culinária internacional à base de massas, risotos, carnes nobres e frutos do mar”. De cara já tinha gostado, quando vi o tal site, do fato de eles disponibilizarem o cardápio com a faixa de preços dos pratos, o que poupa qualquer surpresa desagradável e me ajudou a escolher o prato de antemão.
Chegando lá, descobrimos, eu e Talita, que a noite era de chopp em dobro. Pra não perder tempo, o garçom desceu um caneco de Opa (chopp de Joinville) de 500 ml (R$ 4,50), que tomamos na parte externa do restaurante, de frente para a Rio Branco, até que a Corinha e a Camila chegassem. Já acomodadas no deck, elas nos acompanharam também, e na segunda rodada partimos as quatro para os pedidos.
Eu, como não perco a oportunidade de manifestar meu instinto carnívoro, pedi um filé mignon recheado com brie ao molho de queijos, acompanhado de arroz primavera (R$ 27). Na mesma vibe “carne pra que te quero”, a Camila optou por um filé mignon ao molho poivre aromatizado com conhaque e guarnecido com arroz branco e salada (R$27). O lado saudável da mesa, representado por Corinha e Talita, escolheu o mesmo prato, um salmão grelhado ao brie na manteiga (ok, nem tão saudável assim...), com arroz selvagem e branco e brócolis ao alho (R$ 25 cada).
Depois de mandar ver na segunda rodada de Opa, decidimos esperar pela comidinha no salão interno, que tinha um movimento bem considerável pra uma quarta-feira em Florianópolis. O garçom, muito simpático e prestativo, nos sugeriu um espumante Casa Valduga demi-sec 2007 (R$ 34) que, segundo ele, era uma opção que casava tanto com a carne quanto com o peixe. Eu digo que até solteiro ele dava um caldo.
Feito o brinde, hora de atacar! O meu molho de queijos estava divino, e o arroz primavera delicioso, com aquele gostinho discreto de alho poró. O brie vinha por dentro do filé, muito cremoso, digno de capa da revista. O filé também estava bom, mas para o meu gosto podia ter ficado menos no fogo, preservando um pouquinho mais a suculência. Como trabalho é trabalho, me obriguei a provar os pratos das meninas. O filé da Camila estava no ponto certo, e molho também era muito bom, apesar de não trocar o meu pelo dela nunca. O salmão das meninas também estava delicioso, mas deixo que elas falem nos comentários qual foi a impressão do prato por completo. A minha, fora o ponto da carne, foi a melhor possível.
Não nos dando por satisfeitas, partimos para a sobremesa. Resolvemos dividir o desfalque no bolso e o excesso na balança, rachando os doces em duas. A Talita e a Cora foram conservadoras e pediram um petit gateau (R$ 12). Corinha disse que já comeu melhores, e ela sabe o que fala. Eu e Camila resolvemos nos aventurar no sabor do tempero que dá nome ao restaurante, e preferimos um sorvete de chocolate com cardamomo (R$ 12). Concluímos, depois de muito experimentar, que o gosto diferente parecia muito com gengibre. E não estávamos erradas. Minha amiga Wikipedia me contou que “o nome cardamomo é usado para designar diversas espécies em três gêneros da família do gengibre (as zingiberáceas)”. Para arrematar a noite, uma gentileza da casa: quatro bombonzinhos de chocolate com cardamomo. Com o bolso mais leve (R$ 211,20, no total) e o corpinho mais pesado, nos despedimos dos simpáticos sócios, Fernando e Victor, com a promessa de volta breve.
P.S: As fotos estão com a Corinha, coloco aqui assim que ela mandar. Já vou postar logo antes que alguém desista de ler o blog por falta de atualização ;)
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A indicação do restaurante foi do Kojak, leitor do blog e o cara mais encantadoramente ranzinza que eu já conheci. Apostando que o bom gosto do meu amigo pra comida seria tão bom quanto o que tem pra músicas e filmes, chamei as meninas para conhecer o Cardamomo, um restaurante que, segundo o site (que precisa urgentemente ser melhorado), serve “pratos da culinária internacional à base de massas, risotos, carnes nobres e frutos do mar”. De cara já tinha gostado, quando vi o tal site, do fato de eles disponibilizarem o cardápio com a faixa de preços dos pratos, o que poupa qualquer surpresa desagradável e me ajudou a escolher o prato de antemão.
Chegando lá, descobrimos, eu e Talita, que a noite era de chopp em dobro. Pra não perder tempo, o garçom desceu um caneco de Opa (chopp de Joinville) de 500 ml (R$ 4,50), que tomamos na parte externa do restaurante, de frente para a Rio Branco, até que a Corinha e a Camila chegassem. Já acomodadas no deck, elas nos acompanharam também, e na segunda rodada partimos as quatro para os pedidos.
Eu, como não perco a oportunidade de manifestar meu instinto carnívoro, pedi um filé mignon recheado com brie ao molho de queijos, acompanhado de arroz primavera (R$ 27). Na mesma vibe “carne pra que te quero”, a Camila optou por um filé mignon ao molho poivre aromatizado com conhaque e guarnecido com arroz branco e salada (R$27). O lado saudável da mesa, representado por Corinha e Talita, escolheu o mesmo prato, um salmão grelhado ao brie na manteiga (ok, nem tão saudável assim...), com arroz selvagem e branco e brócolis ao alho (R$ 25 cada).
Depois de mandar ver na segunda rodada de Opa, decidimos esperar pela comidinha no salão interno, que tinha um movimento bem considerável pra uma quarta-feira em Florianópolis. O garçom, muito simpático e prestativo, nos sugeriu um espumante Casa Valduga demi-sec 2007 (R$ 34) que, segundo ele, era uma opção que casava tanto com a carne quanto com o peixe. Eu digo que até solteiro ele dava um caldo.
Feito o brinde, hora de atacar! O meu molho de queijos estava divino, e o arroz primavera delicioso, com aquele gostinho discreto de alho poró. O brie vinha por dentro do filé, muito cremoso, digno de capa da revista. O filé também estava bom, mas para o meu gosto podia ter ficado menos no fogo, preservando um pouquinho mais a suculência. Como trabalho é trabalho, me obriguei a provar os pratos das meninas. O filé da Camila estava no ponto certo, e molho também era muito bom, apesar de não trocar o meu pelo dela nunca. O salmão das meninas também estava delicioso, mas deixo que elas falem nos comentários qual foi a impressão do prato por completo. A minha, fora o ponto da carne, foi a melhor possível.
Não nos dando por satisfeitas, partimos para a sobremesa. Resolvemos dividir o desfalque no bolso e o excesso na balança, rachando os doces em duas. A Talita e a Cora foram conservadoras e pediram um petit gateau (R$ 12). Corinha disse que já comeu melhores, e ela sabe o que fala. Eu e Camila resolvemos nos aventurar no sabor do tempero que dá nome ao restaurante, e preferimos um sorvete de chocolate com cardamomo (R$ 12). Concluímos, depois de muito experimentar, que o gosto diferente parecia muito com gengibre. E não estávamos erradas. Minha amiga Wikipedia me contou que “o nome cardamomo é usado para designar diversas espécies em três gêneros da família do gengibre (as zingiberáceas)”. Para arrematar a noite, uma gentileza da casa: quatro bombonzinhos de chocolate com cardamomo. Com o bolso mais leve (R$ 211,20, no total) e o corpinho mais pesado, nos despedimos dos simpáticos sócios, Fernando e Victor, com a promessa de volta breve.
P.S: As fotos estão com a Corinha, coloco aqui assim que ela mandar. Já vou postar logo antes que alguém desista de ler o blog por falta de atualização ;)
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O que o Ragazzo e a Sadia têm em comum
A propaganda é atraente: um ragazzone (Ragazzo + calzone, captou?) por R$ 0,46. Já tinha comido um à portuguesa e tinha achado bastante razoável. É o tipo de coisa que você morde e pela quantidade de sabores misturados pensa que só pode ser do Habib’s. E é. O Ragazzo, pra quem não conhece, é uma rede de fast food italiano que pertence ao Habib’s. O truque é o mesmo: substitua bibsfiha por ragazzone e coloque um preço muito baixo, depois compense no valor do resto.
O restaurante aqui de Floripa fica na Beiramar, na altura da Arno Hoeschl, bem perto do meu trabalho. Meio-dia a fome bate e é hora de dar um tempo no expediente. Sugeri à Bel que a gente fosse no Ragazzo, porque estava de saco cheio de ir nos mesmos restaurantes e achava que seria ridiculamente barato.
Não é nenhum assalto a mão armada, mas pra um almoço de todo dia e pelo que comemos, não achei nenhum pouco justo. A ideia era pedir algum tipo de massa, e de cara fomos atendidos por uma garçonete com o avental absurdamente sujo. Fizemos o pedido, que demorou uns 15 minutos pra chegar até a mesa. Eu optei por um canelone de presunto e queijo ao molho Alfredo (creme de leite, parmesão, manteiga e pimenta-do-reino), e a Bel um fusilli bicolor com molho à bolonhesa. O procedimento para servir é o seguinte: uma garçonete (era outra, não a do avental sujo) extremamente estabanada traz a massa em um recipiente de cerâmica com um aspecto terrível e joga a comida no prato do cliente. Não entendo por que, se ela já serve toda a porção (que é bastante generosa), o prato não vem pronto da cozinha, o que pouparia essa cena. Ou por que não é colocado numa travessa e o cliente que se sirva? Quanto mais complicado melhor...
Mas vamos ao que interessa, o rango. Penso que se te ocorre comparar a comida que você prova num restaurante com comida pré-pronta congelada, é melhor que o dono se disponha a largar o ramo e abrir uma lavação de carros ou uma floricultura. E foi exatamente essa a sensação: pegaram o canelone, cinco minutos no microondas, dali pra mesa. O prato da Bel, que eu belisquei, estava menos ruim, mas no melhor estilo profusão de temperos e sabores do Habib’s, ao contrário do meu que estava sem gosto nenhum. Conclusão: a diferença entre um congelado da Sadia e o meu canelone é que eu paguei R$ 10,45 por ele e fui mal atendida.
Visualizar Ragazzo em um mapa maior
O restaurante aqui de Floripa fica na Beiramar, na altura da Arno Hoeschl, bem perto do meu trabalho. Meio-dia a fome bate e é hora de dar um tempo no expediente. Sugeri à Bel que a gente fosse no Ragazzo, porque estava de saco cheio de ir nos mesmos restaurantes e achava que seria ridiculamente barato.
Não é nenhum assalto a mão armada, mas pra um almoço de todo dia e pelo que comemos, não achei nenhum pouco justo. A ideia era pedir algum tipo de massa, e de cara fomos atendidos por uma garçonete com o avental absurdamente sujo. Fizemos o pedido, que demorou uns 15 minutos pra chegar até a mesa. Eu optei por um canelone de presunto e queijo ao molho Alfredo (creme de leite, parmesão, manteiga e pimenta-do-reino), e a Bel um fusilli bicolor com molho à bolonhesa. O procedimento para servir é o seguinte: uma garçonete (era outra, não a do avental sujo) extremamente estabanada traz a massa em um recipiente de cerâmica com um aspecto terrível e joga a comida no prato do cliente. Não entendo por que, se ela já serve toda a porção (que é bastante generosa), o prato não vem pronto da cozinha, o que pouparia essa cena. Ou por que não é colocado numa travessa e o cliente que se sirva? Quanto mais complicado melhor...
Mas vamos ao que interessa, o rango. Penso que se te ocorre comparar a comida que você prova num restaurante com comida pré-pronta congelada, é melhor que o dono se disponha a largar o ramo e abrir uma lavação de carros ou uma floricultura. E foi exatamente essa a sensação: pegaram o canelone, cinco minutos no microondas, dali pra mesa. O prato da Bel, que eu belisquei, estava menos ruim, mas no melhor estilo profusão de temperos e sabores do Habib’s, ao contrário do meu que estava sem gosto nenhum. Conclusão: a diferença entre um congelado da Sadia e o meu canelone é que eu paguei R$ 10,45 por ele e fui mal atendida.
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domingo, 16 de agosto de 2009
Dia dos pais na Il Gallo del Mare Galletteria
Domingão de dia dos pais, a pedida é comer honestamente. Reservas feitas já na sexta e a garantia de conseguir uma mesa no salão de cima, com promessa de vista pra beiramar. O Il Gallo Del Mare funciona no mesmo lugar onde ficava a Casa de Coimbra, pertinho do shopping e onde você precisa contar com sorte ou chegar cedo pra conseguir estacionamento.
Optamos por chegar cedo, eu, seu Dilceu, dona Sandra, o Sandro e a Isabela e a galeteria ainda estava vazia. Conseguir uma mesa no salão de cima não garantiu uma vista pra beiramar, como eu tinha imaginado e como foi prometido no telefone. Ficamos bem longe da janela, colados num vidro que dava pra um depósito improvisado com caixas jogadas no chão, num clima meio de desorganização. As mesas eram pra quatro pessoas, e em uma antecipação do dia do solteiro, que foi ontem, eu, como elemento extra, fui obrigada a pedir uma segunda mesa e inutilizar três lugares que depois fizeram falta no restaurante já lotado.
O Sandro e a Bela já tinham ido lá antes, e a promessa de comer bem fez a gente perdoar (um pouco) o péssimo humor do garçom. Falar mal de atendimento em Florianópolis é chover no molhado, mas quando se paga consideravelmente bem, você espera mais do que boa comida. O garçom não respondia às perguntas, tinha o tique nervoso de colocar a língua de fora , atirou os pratos na mesa e arremessou a mineral no copo, a uma distância considerável. A água veio acompanhando o Miolo Seleção (Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir) 2006, que ele serviu sem apresentar o rótulo, nem a rolha, mas que estava ótimo (já falei aqui que não sou profunda conhecedora de vinhos).
Os pratos – surpresa! – são para duas pessoas, mas como a fome era grande, resolvemos apelar para duas porções de galeto, um macarrão alho e óleo e outro a carbonara. O excelente galeto veio acompanhado de uma ótima polenta e de salada de radici com bacon. Em vez de queijo em cima do galeto, ele pode ser pedido com vinagrete, mas pedimos o molho separado, pra acompanhar a salada. Foi o melhor vinagrete que eu já comi na vida, vale muito a pena pedir. A comida, ao contrário do atendimento, não decepcionou nem um pouco. Só o alho do macarrão passou do ponto e ficou aquele amarguinho não muito agradável
Salada de radici com bacon, polenta e galeto com vinagrete (kibados do site oficial)
Satisfeitos, acabamos de tomar nossa garrafinha de vinho, pedimos pra levar o que sobrou pro Claudinho, meu concunhado que agonizava de ressaca em casa e fomos completar a orgia alimentar com a torta mineira que a Dona Sandra tinha preparado na noite anterior. Preço da brincadeira: R$ 145,00 pras cinco pessoas.
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Optamos por chegar cedo, eu, seu Dilceu, dona Sandra, o Sandro e a Isabela e a galeteria ainda estava vazia. Conseguir uma mesa no salão de cima não garantiu uma vista pra beiramar, como eu tinha imaginado e como foi prometido no telefone. Ficamos bem longe da janela, colados num vidro que dava pra um depósito improvisado com caixas jogadas no chão, num clima meio de desorganização. As mesas eram pra quatro pessoas, e em uma antecipação do dia do solteiro, que foi ontem, eu, como elemento extra, fui obrigada a pedir uma segunda mesa e inutilizar três lugares que depois fizeram falta no restaurante já lotado.
O Sandro e a Bela já tinham ido lá antes, e a promessa de comer bem fez a gente perdoar (um pouco) o péssimo humor do garçom. Falar mal de atendimento em Florianópolis é chover no molhado, mas quando se paga consideravelmente bem, você espera mais do que boa comida. O garçom não respondia às perguntas, tinha o tique nervoso de colocar a língua de fora , atirou os pratos na mesa e arremessou a mineral no copo, a uma distância considerável. A água veio acompanhando o Miolo Seleção (Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir) 2006, que ele serviu sem apresentar o rótulo, nem a rolha, mas que estava ótimo (já falei aqui que não sou profunda conhecedora de vinhos).
Os pratos – surpresa! – são para duas pessoas, mas como a fome era grande, resolvemos apelar para duas porções de galeto, um macarrão alho e óleo e outro a carbonara. O excelente galeto veio acompanhado de uma ótima polenta e de salada de radici com bacon. Em vez de queijo em cima do galeto, ele pode ser pedido com vinagrete, mas pedimos o molho separado, pra acompanhar a salada. Foi o melhor vinagrete que eu já comi na vida, vale muito a pena pedir. A comida, ao contrário do atendimento, não decepcionou nem um pouco. Só o alho do macarrão passou do ponto e ficou aquele amarguinho não muito agradável
Salada de radici com bacon, polenta e galeto com vinagrete (kibados do site oficial)
Satisfeitos, acabamos de tomar nossa garrafinha de vinho, pedimos pra levar o que sobrou pro Claudinho, meu concunhado que agonizava de ressaca em casa e fomos completar a orgia alimentar com a torta mineira que a Dona Sandra tinha preparado na noite anterior. Preço da brincadeira: R$ 145,00 pras cinco pessoas.
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